Curzio Malaparte (1898 – 1957), pseudónimo de Kurt Erich Suckert, foi um diplomata, jornalista e escritor italiano.
A sua vida pode ser verdadeiramente caracterizada como tendo sido uma verdadeira aventura, repleta de surpresas e contradições, na medida em que Malaparte fora, por um lado, amigo do escândalo e, por outro, dotado de uma sensibilidade tão intensa quanto o tratamento que irradia dos seus romances.
Frívolo e polémico, o seu valor é uma pedra basilar na literatura italiana.
Admirador de Mussolini e militante fascista de 1922 a 1931, foi rapidamente excomungado por ter escrito «Técnica de Um Golpe de Estado», em 1931. No entanto, foi precisamente esta a obra que o conduziu à celebridade.
A guerra e a ocupação aliada motivaram-lhe mais dois livros, a saber, «Kaputt» (1944) e «A Pele» (1949), nos quais Curzio Malaparte apresenta uma simbiose entre a piedade, o cinismo o horror e o humor.
Malaparte foi um escritor violento e paradoxal, que acabou por se reconciliar com o catolicismo (que, na verdade, o tinha como um autor proibido), chegando mesmo a baptizar-se antes de falecer.