«Crime e Castigo» é nome de um célebre romance, publicado em 1866, da autoria do escritor russo Fiódor Dostoievski. Nesta obra, o herói, o estudante Raskolnikov, encontrando-se na miséria e julgando-se uma pessoa genial, assassina uma velha usurária, má e inútil. Contudo, os remorsos começam a torturá-lo, levando-o a contar o seu crime a uma prostituta de nome Sónia. Ao saber disso, o comissário de polícia obriga a denunciá-lo. A confissão de Raskolnikov foi a única forma de libertá-lo do remorso por um crime que ele próprio acreditava ter o direito de ter cometido.
Como em diversas outras obras de Dostoievski, «Crime e Castigo» inspiraram pensamentos de ordem religiosa, política, filosófica, psicológica e sociológica, tendo tido influência na obra de diversos cientistas e pensadores, entre os quais Nietzsche, Sartre, Freud ou Orwell, entre muitos outros.
Os evidentes traços autobiográficos presentes nesta obra como por exemplo o vício do jogo ou a adoração pela mãe, a complexidade das personagens e a descrição dos seus traços de personalidade, fazem de «Crime e Castigo» uma das maiores obras da literatura universal, garantindo a Dostoievski (juntamente com Lev Tolstoy) uma posição cimeira entre os escritores russos.