António Feliciano de Castilho (1800 – 1875) foi um importante poeta e prosador português do século XIX que contribuiu, juntamente com Alexandre Herculano e Almeida Garrett, para a renovação da literatura portuguesa, rompendo, nomeadamente, com a estagnação arcádica.
A prematura cegueira da qual foi vítima não o impediu de adquirir uma sólida cultura clássica, nem que a sua vocação literária se manifestasse desde muito cedo.
As «Cartas de Eco e Narciso» (1821), a «Primavera» (1822) e «Amor e Melancolia» (1828) são algumas das principais obras nas quais António de Feliciano Castilho versou a sua inspiração clássica, harmonizando-a com a intensidade e ardor típicos da escola romântica.
Destacou-se, ainda, pela sua inigualável contribuição enquanto tradutor de variados autores clássicos europeus, pois traduziu, a título de exemplo, Molière, Shakespeare e Goethe.
O nome de Castilho também se associa à famosa Questão Coimbrã, a qual o opôs a Antero de Quental e na qual tentou defender os valores tradicionais em oposição às ideias revolucionárias da época.