André Malraux (1901-1976) foi um intelectual, escritor e político francês, um homem de cunho erudito, mas simultaneamente um ativista das grandes transformações sociais.
De espírito aventureiro, aos 25 anos decidiu ir viver para o Camboja e, depois, conhecer o Vietname e a China, na medida em que nutria um enorme interesse pelas revoluções do extremo-oriente.
De regresso à Europa, Malraux lutou ao lado dos rojos durante a Guerra Civil Espanhola e, aquando da Segunda Guerra Mundial, foi membro da Resistência Francesa. Posteriormente, desempenhou funções no ministério da Cultura durante os governos de Charles de Gaulle, entre 1959 e 1969.
A coerência da sua vida e o ecletismo das suas referências sobrelevam o espírito das suas obras, desde o romance, onde a história e o destino da humanidade se mesclam com reflexões existenciais, até ao ensaio estético, passando pela escrita diarística e pela redação de artigos variados.
Das suas obras, os destaques vão para «A Condição Humana» (1933), que orbita em torno da revolução comunista chinesa e «A Esperança», livro no qual o autor reflete sobre a sua participação na Guerra Civil de Espanha. No que diz respeito aos seus ensaios, destacam-se «As Vozes do Silêncio» (1951), ou a «A Psicologia da Arte» (1947).