O discurso político é um género textual de teor expositivo e argumentativo, no qual se defendem ideias, ou propostas, relativamente aos interesses de um país ou de uma comunidade. O seu objetivo é, sobretudo, persuadir os interlocutores, ou os cidadãos, a aceitar e a apoiar essas ideias e propostas e levá-los a agir, ou seja, a votar, ou a intervir num assunto concreto.
Neste sentido, dado que a argumentação é fulcral para convencer os interlocutores, os argumentos devem ser válidos e coerentes e articulados com factos que justifiquem os mesmos. Além do poder persuasivo dos argumentos, este tipo de texto deve, ainda, pautar pela sua eloquência, nomeadamente através de recursos expressivos como a enumeração, a metáfora, a pergunta retórica, ou a apóstrofe, para, assim, seduzir o público-alvo.
Relativamente à versão oral deste género, o locutor tende a orientar-se para outros tipos de recursos persuasivos, como a sua postura ou o seu tom de voz, que, na verdade, acabam por fazer florir determinados sentimentos nos interlocutores e dominar a sua atenção.
O discurso político deve, também, ostentar uma dimensão ética e moral, ou seja, deve manifestar uma preocupação sincera para com o bem-estar dos cidadãos e com o progresso da comunidade.