O termo “alfabeto” deve a sua origem às duas primeiras letras gregas, alfa e beta (que, respetivamente, correspondem às letras A e B), e designa o conjunto de letras de uma determinada língua.
No entanto, embora não seja possível determinar com precisão quando surgiu o alfabeto, os egípcios (há mais de três mil anos antes da nossa era) já tinham um sistema próprio e organizado, com articulações diferentes e representavam cada uma delas através de um ou vários sinais que, no total, perfaziam quase 7000. Contudo, estas inscrições algo enigmáticas simbolizavam apenas ideias, ao invés de representar exclusivamente os sons.
Os fenícios, por sua vez, devido às suas atividades comerciais, sentiram a necessidade de criar um sistema de escrita mais eficaz, rápido e simplificado. Deste modo, imitando a escrita hieroglífica e apropriando-se de doze ou treze letras, (re)inventaram a escrita alfabética.
O alfabeto fenício tornou-se, assim, conhecido por todo o mundo antigo, do Ocidente ao Oriente, fazendo com que todos os alfabetos vindouros derivassem direta ou indiretamente dele.
Numa das vezes em que os fenícios foram à Grécia, no âmbito das trocas comerciais, ensinaram o alfabeto aos gregos, os quais deram um grande impulso à escrita através da invenção dos sons representativos das vogais. Por seu turno, do alfabeto grego derivaram o etrusco, ao qual se ligam outros alfabetos, e o alfabeto latino, através das colónias gregas do sul de Itália.
O alfabeto latino é hoje em dia utlizado pelas línguas românicas, pelas línguas escandinavas e germânicas, pelos idiomas célticos e até por línguas que não pertencem à família indo-europeia.
O alfabeto sânscrito, que remonta ao século V a.C. e é constituído por 50 sons, deu origem a todos os alfabetos utilizados atualmente na Índia, na Tailândia, no Camboja e na Malásia.
O alfabeto árabe, que é o segundo mais utilizado no mundo, deriva indiretamente do aramaico e é constituído por 28 letras.
Já no caso do alfabeto chinês, por exemplo, e contrariamente ao alfabeto latino, cada letra representa um significado, mas não um som.