Walter Gropius

Quem foi Walter Gropius

Walter Gropius, foi um dos mais importantes arquitectos da Alemanha, fundador e director da Escola Bauhaus de 1919 a 1928, e uma das figuras chave da renovação arquitectónica do Século XX .

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Walter Gropius

(1863-1944)

WalterGropius-1919

Walter Gropius  .
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Dados Biográficos

Nome completoWalter Gropius
Nascimento: 18 de Maio de 1883, Berlim, Alemanha
Morte: 5 de Julho de 1969, (86 anos) Boston, Massachusetts, EUA
Nacionalidade: Alemão
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Cargos, Funções, Actividades Profissionais

Áreas em que se distinguiu: Arquitectura, design
Profissão/cargo: Arquitecto
Movimento Artístico:Arquitectura Moderna, Bauhaus
Principais ObrasFábrica Fagus, em Alfeld an der Leine, Alemanha (1911); Bauhaus – Dessau, sede da Staatliche Bauhaus em Dessau, Alemanha (1925);  Impington Village College, Cambridgeshire, Inglaterra (1936); Pavilhão da Pensilvânia para a Exposição Universal de Nova Iorque, Estados Unidos (1939)
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1883 1908 a 1910 1911 1919 1937 1969
Nascimento

Gropius trabalhou no ateliê de Peter Behrens, em Berlim, projectando escritórios e peças de mobiliário

Desenvolve o projecto do edifício para a Fábrica Fagus, que fica marcado pelo seu carácter inovador.

É nomeado como director da Bauhaus.

aceitou o convite da Escola de Arquitectura da Universidade de Harvard nos Estados Unidos.

Morre.

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Walter Gropius nasceu, a 18 de Maio de 1883, no seio de uma família de arquitectos e artistas de Berlim. Estudou Arquitectura na Technische Hochschule de Munique entre 1903 e 1905, e depois frequentou a Technische Hochschule de Berlim, de 1905 a 1907.

Entre os anos de 1908 a 1910, Gropius trabalhou no ateliê de Peter Behrens, em Berlim, projectando escritórios e peças de mobiliário para o armazém Lehmann em Colónia. No final de 1910, começa a trabalhar nos escritórios de Peter Behrens e três anos mais tarde, começa a estagiar ao lado de Adolph Meyer.

Em 1911, desenvolve o projecto do edifício para a Fábrica Fagus, que fica marcado pelo seu carácter inovador, com uma “parede cortina”, suspensa pelos elementos verticais do edifício, utilizando materiais como o aço e o vidro, que no momento, representou uma poderosa expressão do Movimento Modernista.

Após servir na guerra, Gropius volta a Berlim e envolveu-se com vários grupos radicais de artistas que se desenvolveram em 1918.

Em Março de 1919, é eleito presidente do Grupo de Trabalho do Conselho de Arte e um mês mais tarde é nomeado como director da Bauhaus. Antes de fundar a Escola Bauhaus, primeiro foi membro do Werkbund, onde vive de perto a disputa entre os que seguiam as tendências industriais de Muthesius e aqueles que resistiam e seguiam as tendências artesanais do belga Henry van de Velde.

É através de todas estas vivências, que Gropius consegue os conhecimentos e reflexões para conciliar o melhor das duas tendências com o programa que consistiu no Manifesto da Bauhaus. Gropius fundou a Bauhaus em Abril de 1919, na cidade de Weimar, Alemanha e foi o maior centro do modernismo e do funcionalismo, para o desenvolvimento e produção artística e do design. Sendo uma referência até aos dias de hoje.

A partir do final de 1919, a Alemanha atravessa por um dos períodos mais duros para os alemães, o país havia acabado de sair arrasado da Primeira Guerra Mundial, tendo sido obrigado a cumprir com as exigências do Tratado de Versalhes. De 1919 até 1933, quando Hitler assumiu o poder, a Alemanha viveu a conturbada República de Weimar. Foi durante esta época que se manifestam os grandes movimentos artísticos na Alemanha, como o expressionismo e a própria Bauhaus.

Gropius via na experimentação artesanal e artística os instrumentos de pesquisa, ensino e aprendizagem, ideais para criar o design dirigido para a produção em série. As tecnologias industriais para a produção em massa efectivam uma «democratização» do design. Já em Dessau, Gropius foi encarregou-se de alguns projectos de arquitectura urbanística.

Em 1928, Gropius decide abandonar a direcção da Bauhaus, sucedendo-lhe o arquitecto suíço Hannes Meyer e o Funcionalismo é estabelecido como ideologia-mestre da Escola. Quando Gropius anunciou a sua demissão, a escola encontrava-se no auge da sua fama e gozava de renome internacional. A sua decisão inesperada causou uma grande surpresa tanto entre os estudantes como entre os mestres. No momento uma Bauhaus sem Gropius parecia impensável. Como explicação para tal decisão, Gropius justificou-se que a Bauhaus gozava agora de segurança e que ele queria dedicar mais tempo à Arquitectura.

Em 1934, com receio de perseguições, Gropius se exila em Inglaterra, onde desenvolve alguns projectos residenciais e edifícios escolares, juntamente com o arquitecto inglês Maxwell Fry. Os dois, marcaram e influenciaram bastante a arquitectura local.

Em 1937, Gropius aceitou o convite da Escola de Arquitectura da Universidade de Harvard nos Estados Unidos e volta a muda-se. Um anos depois, tornou-se no director do departamento de Arquitectura da Universidade de Harvard, cargo que mantém até 1952.

Nos Estados Unidos começa a desenhar arranha-céus, criando uma tipologia arquitectónica que será exaustivamente copiada nas décadas seguintes. Em alguns dos seus projectos associa-se a Marcel Breuer, um amigo e ex-aluno da primeira geração da Bauhaus. De 1938 a 1941, trabalhou numa série de casas com Marcel Breuer e em 1945 fundou “O Colaborativismo dos Arquitectos”, um desenho de equipa que encarna a sua crença no valor de um trabalho em equipa.

Gropius criou inovadores desenhos que utilizam materiais e métodos de construção com tecnologia avançadas. A defesa da construção industrializada levada a cabo por ele, acarreta uma crença no trabalho em equipa e uma aceitação da normalização e pré-fabricação. Usando a tecnologia como base, transformou a construção de edifícios numa ciência exacta de cálculos matemáticos e processos de trabalho. Foi um importante teórico e professor, que por si só, marcou a história e evolução da arquitectura mundial.

Walter Gropius, morreu em Boston, Massachusetts, em 1969. Está sepultado no Südwestfriedhof der Berliner Synode, Stahnsdorf, Brandemburgo na Alemanha.

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References:

ARGAN, Giulio Carlo. “Walter Gropius e a Bauhaus”. 2ª edição. Editorial Presença, Coleção Dimensões. Lisboa, 1990

BENEVOLO, Leonardo. “História da Arquitetura Moderna.” 3ª edição. Editora Perspectiva. São Paulo, 2001

Berdini, Paolo. Walter Gropius. Trad. Fernando Pereira. Barcelona: Editorial Gustavo Gili S. A., 1986.

Fitch, James Marston. “Gropius, the Social Critic.” Walter Gropius. London: Mayflower, 1960

LUPFER, Gilbert e SIGEL; Paul “Walter Gropius : 1883-1969 : promotor de uma nova forma. Köln, Taschen, 2006

McGinity, Lary. “Bauhaus”. In: FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: SEXTANTE, 2011

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