A montagem consiste na forma como se organizam diferentes planos, de modo a produzirem-se sentidos.
Como em toda a linguagem audiovisual, a montagem padece de uma linguagem própria que serve para facilitar o trabalho do editor.
Nos primórdios do cinema, os cineastas não tinham meios para efetuar qualquer tipo de montagem. Assim, o que se verificou, como por exemplo no caso dos irmãos Lumière (inventores do cinematógrafo), foi a colocação da câmara num ponto estratégico, de forma a filmar apenas um plano contínuo sem a possibilidade de alterar o seu enquadramento ou posicionamento.
A montagem de um filme, parte da ideia de cortar e colar na própria película, sendo que nos primórdios desta atividade os instrumentos principais do editor eram a tesoura e a cola. Contudo, com a evolução dos tempos e com a transformação das novas tecnologias a edição passou a ser feita num computador, embora as suas funções ainda se concentrem em cortar e colar.
Nesta fase, o editor deve ter em conta a continuidade e fluidez, para que o corte não seja expressamente visível.
Na edição também há a possibilidade de acelerar ou reduzir o ritmo de um filme, animando ou entristecendo os planos, através da sua duração.
Desta forma, podem destacar-se dois tipos de montagem, a montagem visível e a montagem invisível.
A montagem visível, muito frequente na fase inicial do cinema, assume de uma maneira geral todos os cortes que faz, não omitindo qualquer dos aspetos da edição e da realização. Pelo lado contrário, a montagem invisível (também designada por montagem transparente), visa a continuidade de um plano, tentando que os espetadores se centrem na ação e não nas suas questões técnicas. Assim, esta montagem é caracterizada por um corte suave, que embora perceptível é criado para que as suas ligações não se percebam.
Para alguns autores, um filme só se constrói na montagem, uma vez que as imagens captadas são apenas matéria-prima, para que o editor possa atuar sobre elas, dando um sentido ao filme.