Jean Cocteau (1889 – 1963) foi um importante escritor, cineasta e artista plástico francês.
Nascido em Maisons-Laffitte, perto de Paris, Cocteau participou ativamente em quase todos os movimentos de vanguarda da sua geração e, consumido por um forte desejo de tornar a sua poesia mais intimista e pessoal, procurou outras formas de expressão artística. Neste sentido, abordou primeiro o romance e, depois, o teatro, tendo ainda colaborado com outras personalidades distintas, como Picasso, ou Satie, em diversos bailados.
Mais tarde, surgiu-lhe o cinema como o meio ideal para multiplicar a poesia dos seus mitos numa dimensão mais vasta, realizando filmes surrealistas como Le Sang d’un Poète (1930) ou La Belle et la Bête (1946). Foi ainda a poesia que também tentou transmitir pelo desenho, ao ilustrar alguns dos seus livros e publicando outros álbuns variados. A crítica foi igualmente um meio de se expressar poeticamente.
Membro da Academia Francesa desde 1955 e doutor honoris causa pela Universidade de Oxford em 1956, Cocteau deixou-nos um importante e eclético legado, do qual constam trabalhos como as coletâneas de poesia La Lampe d’Aladin (1909) e Plain-Chant (1923), os romances Le Potomak (1924) e Les Enfants Terribles (1929) e as peças de teatro Aigle à Deux Têtes (1944) e Antigone (1922).
