História do Cinema

O surgimento do cinema teve a sua origem com a invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière, no final do século XIX.

A primeira exibição pública e paga de cinema realizou-se a 28 de Dezembro de 1895, no subterrâneo do Grand Café, em Paris, e consistiu na apresentação de uma série de dez filmes, de 40 a 50 segundos cada.

A partir daqui, o cinema expandiu-se por toda a França e restante Europa, alcançando posteriormente os EUA, que se viriam a tornar o país com a maior economia cinematográfica, tanto no seu mercado interno quanto no volume de exportações.

Os primeiros filmes eram silenciosos, o chamado cinema mudo, sendo que as projeções eram regularmente acompanhadas de música ao vivo, ou com efeitos especiais, narração e diálogos escritos presentes entre cenas. Esta situação persistiu até meados da década de 20, já que, apesar de tanto inventores como produtores tentarem combinar imagem com som sincronizado, todas as tentativas foram infrutíferas. Por outro lado, as películas eram muito curtas, nunca a sua duração ultrapassando os 20 minutos.

No entanto, pouco a pouco, foram surgindo inovações. Os temas abordados iam desde os alienígenas aos problemas sociais vigentes, a edição das imagens foi bastante melhorada, permitindo exibir duas imagens diferentes em simultâneo; também a duração dos filmes começou a crescer e, em 1906 surge a considerada primeira longa-metragem, um filme australiano chamado “The Story of the Kelly Gang”, possuindo cerca de 70 minutos.

Até esta época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo mas com o início da Primeira Guerra Mundial a indústria europeia de cinema foi arrasada. Hollywood começou então a destacar-se no mundo do cinema, iniciando a caminhada que a iria tornar na maior indústria cinematográfica do Mundo.

Foi também nesta altura que foram fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal, Paramount, entre outros). Surgiu assim uma acesa competição, levando à fusão de antigas empresas, que deram origem às novas 20th Century Fox e Metro Goldwyn Meyer.

O ano de 1926 marca o alcance de um objetivo há muito ambicionado da indústria cinematográfica, com a introdução de som nos filmes. Através do sistema de som Vitaphone, a Warner Brothers conseguiu gravar som sobre um disco, situação que implicou uma marca profunda na história do cinema, e que iria alterar para sempre o seu percurso vindouro. “The Jazz Singer”, um musical lançado em 1927, foi o primeiro filme que se pode afirmar “falado”, possuindo alguns diálogos e canções, a par com cenas ainda completamente mudas. “The Lights of New York”, de 1928, é, no entanto, o primeiro filme com som totalmente sincronizado.

Rapidamente outras companhias de cinema seguiram o exemplo da Warner Brothers, criando também sistemas de som, que depressa tornaram os filmes mudos obsoletos, sendo que, no final da década de 20, praticamente todos os filmes produzidos em Hollywood já eram falados. No resto do Mundo, a transição foi-se processando mais lentamente.

Infelizmente, cerca de 90% dos filmes mudos perderam-se, pois grande parte deles foram queimados a fim de se recuperar o nitrato de prata com que eram feitas as fitas, já que era um componente extremamente dispendioso.

Foi também por esta altura, mais exatamente em 1929, que foi criado o prémio Óscar, que anualmente galardoa os filmes e personalidades que mais se distinguem no cinema, continuando até aos dias de hoje a ser encaradas como dos mais importantes reconhecimentos que se podem alcançar nesta área.

A introdução do som nos filmes veio revolucionar a indústria cinematográfica, diversificando o seu espólio de géneros, difundindo progressivamente os musicais; simultaneamente outros tipos de filmes foram surgindo e desenvolvendo-se, nomeadamente os filmes de gangsters, ficção científica, os primeiros filmes de cariz sexual, westerns, etc. Pode-se assim afirmar que a década de 30 foi muito importante para a história do cinema, na medida em que foi uma época de inovação e consolidação das bases do futuro do cinema.

Com a difusão do cinema e a popularidade por este atingida, atores como Charlie Chaplin, Greta Garbo, Fred Astaire, Steve McQueen, Rita Hayworth ou Marlene Diëtrich começaram a destacar-se, alcançando rapidamente o estatuto de estrelas mundiais, a par com muitos dos seus filmes, que ainda hoje são considerados “pérolas da 7ª Arte”.

Em simultâneo com o estrondoso desenvolvimento de Hollywood, também a indústria cinematográfica europeia continuou a desenvolver-se. Filmes como “J’Accuse” ou “A queda da casa de Usher” distinguem-se na época do Cinema Impressionista Francês

Na Alemanha surgiu o Expressionismo Alemão, onde se destacam os filmes “Das Kabinett des Doktor Caligari”, “Nosferatu”, “Phantom” e “Metrópolis”. Já em Espanha, a corrente com maior força era o surrealismo, sendo Un Perro andaluz o mais conhecido filme representativo deste género.

Na Rússia, à data ainda URSS, as inovações prenderam-se sobretudo com as técnicas de montagem criadas no seio do Cinema Soviético.

O início da Segunda Guerra Mundial deu lugar ao aparecimento de diversos filmes patrióticos que serviam de propaganda de guerra, enquanto outros criticavam a ideologia nazi e o conflito mundial. Ao mesmo tempo, surgiam fitas que promoviam certas ideologias ou preferências políticas, como o comunismo e o antissemitismo. Deste modo, o cinema da década de 40 destaca-se sobretudo por não se limitar ao entretenimento e à ficção, mas também por ser utilizado como forma de intervenção social e política.

Com a progressiva popularidade da televisão, o cinema encontrou um forte concorrente, o que fez com que várias empresas cinematográficas fossem extintas.

Para fazer face a esta adversidade, a indústria da 7ª arte aumentou os seus investimentos iniciando-se assim as grandes produções, com destaque para os filmes bíblicos e históricos. Foi também nesta época que o cinema indiano – a futura Bollywood – ganhou reconhecimento internacional.

Apesar disto, no início dos anos 60, Hollywood começou a ressentir-se, pelo que o cinema americano enveredou por uma vertente alternativa, passando a apostar em filmes de produção independente com orçamento reduzido. O cinema europeu viu-se mais desenvolvido na época, situação que se deveu também ao declínio do cinema americano, dando-se destaque para o cinema inglês com o nascimento da mundialmente famosa e aclamada personagem James Bond, com os filmes 007.

Nos anos 70, deu-se uma eclosão na indústria da cinematográfica com a difusão e desenvolvimento das técnicas de efeitos especiais, bem como na restante tecnologia. O cinema torna-se cada vez mais diversificado, direcionando-se para temáticas mais profundas e relacionadas com o existencialismo humano.

Pode-se afirmar que na década de 1980 o cinema estava totalmente difundido à escala mundial; tinha-se tornado um fenómeno com bases sólidas, com infinitas temáticas e completamente massificado.

O número de realizadores e atores mundialmente reconhecidos não parava de aumentar, alimentando-se cada vez mais o culto das estrelas de cinema, que atingiam uma fama inimaginável. A quantidade de filmes produzidos ultrapassou quaisquer limites expectáveis, continuando Hollywood na frente do desenvolvimento do cinema. Surgiram inovações tanto nos temas abordados como na forma como eram abordados, sendo que muitos dos filmes realizados nesta altura continuam atuais e a ser vistos e apreciados pelas novas gerações, bem como muitos dos atores e realizadores que se destacaram na época. Por outro lado, géneros como os musicais iam perdendo a importância obtida em anos anteriores.

A década de 90 caracterizou-se por ser uma época de contrastes; tanto apareceram filmes de grandes produções, com temáticas inovadoras e por vezes polémicas por abordarem temas tabu nas sociedades, com a participação conjunta dos maiores atores e realizadores da época, a par com a difusão e desenvolvimento dos computadores que facilitaram muito os efeitos especiais e todo o processo de produção do filme, como filmes de série B que tentavam aspirar à qualidade das principais produções, não obtendo sucesso e sobrecarregando a indústria cinematográfica.

Nesta altura, celebrizaram-se também os remakes de clássicos de épocas anteriores, utilizando-se as novas técnicas para melhorar os aspetos não tão bem conseguidos por falta de desenvolvimento tecnológico dos anos em que foram inicialmente realizados.

Com a entrada no novo milénio, o cinema continuou a prosperar, ao contrário do que se tinha previsto, sendo que os últimos anos na área do cinema foram uma continuação e até melhoramento de um trabalho há muito iniciado e expandido na década de 90.

Géneros cinematográficos

Com o intuito de facilitar a comercialização e classificação dos filmes, estes são agrupados em géneros; apesar de a maioria dos filmes não se incluírem totalmente numa única categoria, por abordarem temáticas diversas, esta divisão é efetuada segundo o género que mais influencia cada filme.

Podem-se assim definir os seguintes géneros cinematográficos:

– Ação

– Fantasia

– Terror

– Animação

– Aventura

– Comédia

– Comédia Romântica

– Suspense

– Drama

– Musical

– Espionagem

– Fantasia

– Policial

– Romance

– Western

– Ficção Científica

– Guerra

– Documentário

– Erótico

– Pornográfico

 

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