Tanto em banda desenhada como em animação um Colorista (do inglês Colorist) é o responsável por dar cor ás ilustrações e frames de animação. Algumas produções incluem os seus próprio coloristas, mas também existem empresas dedicadas à coloração que são contratadas por outras produtoras.
Dar cor ao movimento
Durante a maior parte do século XX a cor era adicionada de forma tradicional com recurso a tintas e pincéis. No caso da banda desenhada a cor é tipicamente adicionada em cópias dos desenhos originais para se conseguirem paletes de cor separadas. Na animação cada frame era pintada individualmente numa célula que ficava associada à célula com o contorno original dos personagens. No caso dos cenários e objetos sem movimento era uma pintura única onde assentavam as células de animação. Os códigos de cor CMYK são anotados para indicar o tipo de cor final de forma a que todos os coloristas possam trabalhar em sintonia.
Desde o inicio do século XXI que os meios digitais começaram a servir o propósito de dar cor aos desenhos tornando o processo sobretudo mais célere. A tendência começou a surgir quando Steve Oliff da empresa Olyptics ficou responsável pela adaptação ao mercado ocidental do manga japonês Akira em 1987 e convenceu a Marvel que estava na hora de experimentar a coloração por computador. Após a publicação de Akira em 1988 os computadores começaram a ganhar terreno no campo da coloração para banda desenhada.
Durante a década de 1990 a maioria das editoras de banda desenhada como a DC Comics, Dark Horse Comics e Image Comics já faziam uso da cor digital com recurso a diferentes softwares e paletes de cor. Com o tempo a guerra dos software acabou por ser dominada pelo Adobe Photoshop, ainda hoje um dos programas mais usados na industria. No caso da animação o software varia conforme o que for usado para animar tendo em conta também a expansão da animação em 3D.
A maioria dos coloristas contemporâneos trabalha com media digital e graças à tecnologia os artistas preferem cada vez mais deixar o desenho a branco e passar para o colorista a responsabilidade de adicionar volume, sombra e luz aos desenhos através da cor. Os softwares de desenho e cor têm mais funcionalidades o que os torna aptos a produzir um efeito mais dinâmico e realista.