A História do cinema japonês estende-se por um período já superior a um século. Em 1897, o povo nipónico foi brindado com uma nova invenção, que permitia pôr as imagens em movimento; a responsável pela primeira demonstração foi a empresa americana Vitascope. Assim, torna-se clara a estreita relação que houve desde o início entre o cinema japonês e o cinema ocidental. No entanto, apenas dois anos depois, em 1899, o Japão viu finalizada a sua primeira produção, tendo a partir daí desenvolvido uma indústria cinematográfica independente, com meios próprios, e que se viria a tornar próspera nos anos seguintes.
Como qualquer arte, o cinema nipónico desenvolveu-se a par com a cultura e contexto económico, político e social do país. Condições naturais, como o terramoto de 1923, ou conjunturas sociopolíticas desfavoráveis, mais exatamente a tomada do poder pelos militares em 1932 e a subsequente entrada na 2ª Guerra Mundial, culminando na ocupação americana, foram responsáveis por um atraso no desenvolvimento cinematográfico, tanto a nível técnico como criativo, já que à onda de cinema de forte cariz ideológico imposto pelo regime japonês, seguiu-se a censura ditada pelo governo americano. Apesar disso, o “país do sol poente” nunca deixou de filmar, sendo a indústria japonesa uma das maiores e mais antigas a nível mundial, e estando em 3º lugar no que diz respeito ao número de produções.
Cineastas como Shōzō Makino, considerado o primeiro realizador japonês, Kenji Mizoguchi, Yasujiro Ozu e o inevitável Akira Kurosawa, aclamado diversas vezes como o maior realizador do Japão e o principal responsável pelo reconhecimento ocidental do cinema nipónico, tornado evidente nos anos 50, a “era de ouro” do cinema japonês.
Atualmente, a indústria cinematográfica japonesa continua em grande desenvolvimento; contudo, os filmes japoneses são, na sua maioria, bastante mais exibidos dentro do país, com pouco alcance a nível de exportação, com exceção para filmes de animação, que possuem um grupo coeso de seguidores no mercado ocidental.
