Quem foi Philip Johnson
Philip Johnson foi um dos principais arquitectos da história da Arquitectura Mundial e principalmente norte-americano, um dos principais arquitectos do século XX, e o primeiro a ganhar o Prémio Pritzker.
Johnson foi descrito pelo júri do Pritzker como alguém que “produziu contribuições consistentes e significativas para a humanidade e ambiente construído. Como crítico e historiador, defendeu as causas da arquitectura moderna e projectou alguns de seus maiores representantes.”
Philip Johnson foi um dos responsáveis pelo termo The International Style, que passou a identificar um estilo arquitectónico funcionalista que defendia a ideia de que a arquitectura deveria ser industrial, económica e acessível. A Exposição Internacional de Arquitectura Moderna no Museum ofModern Art (MOMA) de Nova Iorque contribuiu para a divulgação deste movimento, tornando-o uma das tendências dominantes da arquitectura do século XX.
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Philip Johnson(1906-2005)
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Philip Cortelyou Johnson nasceu a 7 de Agosto de 1906 na cidade de Cleveland, em Ohio (EUA). Frequentou a Universidade de Harvard, onde se graduou em arquitectura e também fez um mestrado na área de História da Arquitectura. Philip Johnson, além desta formação académica, também teve uma especial formação ao lado de Marcel Breuer, um dos maiores arquitectos e designers da sua época, formado pela primeira geração de alunos da Bauhaus.
Uma vez terminados os estudos, Johnson aceitou um convite para ser o director do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MOMA), que havia sido inaugurado recentemente.
Em 1928, Johnson encontrou-se com o arquitecto Ludwig Mies van der Rohe, que na época acabava de projectar o pavilhão alemão para a Exposição Internacional de Barcelona de 1929. A reunião foi uma verdadeira revelação para Johnson e formou a base para um relacionamento profissional que durou ao longo da vida de ambos.
Durante a década de 30, diante da grande depressão pela qual passou os EUA, Johnson se voltou para o jornalismo e a política, somente retornando à arquitectura na década seguinte. Johnson também foi um crítico, escritor e historiador. Apesar de sua forte ligação com a arquitectura, somente aos 36 anos que Johnson elaborou o seu primeiro projecto arquitectónico.
Johnson foi um dos responsáveis pelo termo “International Style“, que passou a identificar um estilo arquitectónico funcionalista que pregava a ideia de que a arquitectura deveria ser industrial, económica e acessível.
A origem do termo se encontra no título de um livro publicado em 1932 por Henry-Hussel Hitchcock e Philip Johnson. No mesmo ano a Exposição Internacional de Arquitectura Moderna no Museum of Modern Art (MOMA) de Nova Iorque contribuiu para a divulgação do movimento, tornando-o uma das tendências dominantes da arquitectura do século XX. Nesse momento nascia o “Estilo Internacional”, alterando para sempre o curso da arquitectura moderna.
O International Style, ou “Estilo Internacional” foi um dos movimentos arquitectónicos e de design mais importante do século XX. Philip Johnson foi o seu grande entusiasta, partindo dele algumas das primeiras propostas dessa expressão.
Johnson conheceu e conviveu com alguns dos principais arquitectos da arquitectura moderna, como Le Corbusier e Mies Van der Rohe, sendo parceiro deste último na criação do famoso Edifício Seagram. Porém, o seu projecto mais conhecido e importante é a chamada “Glass House”, actualmente é considerada como património arquitectónico dos EUA, e está disponível para visitas. Inspirada na Casa Farnsworth de Mies van der Rohe, a casa de Johnson, com suas proporções perfeitas e simplicidade, é considerada uma jóia da arquitectura moderna.
Construída em 1949, foi desenvolvida para si próprio como tese de mestrado quando foi aluno do célebre Marcel Breuer em Harvard. É um dos mais bonitos exemplos do modernismo americano, ainda que nada funcional. O próprio arquitecto se referia a ela como ‘o diário de um arquitecto excêntrico’.
Em 1967, une-se a John Burgee, para realizar um grande número de projectos. Johnson também formou parceria com outros famosos arquitectos, como Le Corbusier ou Mies Van der Rohe, e com este último, criou uma relação estreita, que futuramente se tornaria na parceria que resultaria na criação do projecto do famoso Edifício Seagram.
Homenageado em 1978 pelo AIA – Instituto Americano de Arquitectos com a “Gold Medal“, um ano depois foi agraciado com primeira edição do Prémio Pritzker, considerado hoje o prémio mais importante da arquitectura em todo o mundo.
Johnson também se envolveu com a chamada “Arquitectura Desconstrutivista” nos anos 80. A denominação surgiu a partir de uma exposição realizada no MoMA em 1988, que reuniu uma confluência de alguns trabalhos e incluiu nomes como Peter Eisenman, Frank Gehry, Zaha Hadid, Coop Himmelb(l)au, Rem Koolhaas, Daniel Libeskind eBernard Tschumi. A exposição, organizada em parceira com Marc Wigley, mostra o quanto Johnson foi importante na história da arquitectura do século passado.
A obra de Johnson não se limitou ao modernismo e em 1984 ele projectou o icónico edifício AT&T, em Nova Iorque (hoje o Sony Building), um arranha-céu pós-modernista de 197 metros de altura, famoso pelo seu estilo ornamental e semelhança com o edifício Humana, de Michael Graves. Outro dos edifícios famosos projectados por Philip Johnson, juntamente com John Burgee, é o Puerta de Europa em Madrid, duas torres inclinadas que se tornaram num ícone da capital espanhola e um dos símbolo da arquitectura de Johnson na Europa.
References:
BJONE, Christian. Philip Johnson and His Mischief: Appropriation in Art and Architecture. The Images Publishing Group, 2014
ELDERFIELD, John. Philip Johnson and the Museum of Modern Art. Volume 6 de Studies in modern art. The Museum of Modern Art, 1998
SCHULZE, Franz. Philip Johnson: Life and Work. University of Chicago Press, 1996