O estilo Manuelino, de reconhecida singularidade no contexto da arte europeia do século XVI, foi uma tendência da arquitetura portuguesa integrada na fase final do período Gótico.
Este estilo, caracterizado por uma enorme liberdade criativa, combinava elementos clássicos e do gótico flamejante com um repertório ornamental pautado pela novidade, o qual, por sua vez, se inspirava tanto no naturalismo recolhido em motivos vegetais, marítimos e terrestres, como na representação dos instrumentos ligados à expansão marítima portuguesa (vergas, enxárcias, cabos, âncoras, boias e esferas armilares), revelando, deste modo, o momento galvanizador vivido pelos portugueses nessa época áurea. É um estilo que, de facto, reporta a uma história ideográfica do destino português.
O estilo Manuelino influenciou também outras manifestações artísticas como a pintura, os vitrais, a ourivesaria, as iluminuras, ou a estatuária de mausoléus.
Das obras mais representativas deste estilo, o destaque vai para o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro dos Jerónimos e o Convento de Cristo, em Tomar.