O período socrático, que coincidiu com o designado “século de Péricles”, compreende dois séculos, mais precisamente o período que vai do século V ao VII a.C., e é caracterizado pelo pensamento de Sócrates e dos seus discípulos, como, por exemplo, Platão.
Com o aparecimento dos sofistas, que levavam a toda a parte as suas atitudes críticas e a sua arte de persuasão, Sócrates, que, primeiramente, partilhou da mesma crítica aos dogmatismos empíricos e racionais, optou, depois, por ser mais construtivo no processo de trabalho racional destinado a fornecer os elementos necessários que pudessem levar ao conhecimento verdadeiro.
Assim, Sócrates sublinhava que, antes de se tentar persuadir outrem, se devia, ao invés, partir da máxima “conhecer-se a si mesmo”, um método filosófico cujos pilares assentavam na psicologia e na moral.
Partindo deste campo, os discípulos de Sócrates, Platão e Aristóteles, focaram a sua linha de pensamento em três grandes objetivos: o homem, o mundo e Deus. Neste sentido, afirmavam que só a total confiança no poder da razão seria produtiva. Platão sublinha esta ideia na sua dialética de carácter indutivo e Aristóteles, por sua vez, na sua lógica dedutiva da silogística.
Uma outra característica do pensamento filosófico deste período é a generalização, ou seja, a tentativa de libertar o pensamento da influência dos dados sensoriais, para, neste sentido, poder elevá-lo até à inteligibilidade dos conceitos ou das ideias, as quais, por sua vez, se referem à essência íntima e verdadeira das coisas.