Nos anos 30 do século XVII, o teatro francês conheceu um período de transição, pois sentiu-se a necessidade de voltar a cultivar o gosto clássico e de afirmar uma elegância estética. O período do apogeu do teatro clássico francês verificou-se no reinado de Luís XIV.
As regras do teatro clássico nasceram, assim, no seio da Academia Francesa, cujo primeiro objetivo passava por verificar se os textos dramáticos apresentavam, efetivamente, essa elegância da língua francesa e se obedeciam às regras do bom gosto, proporcionando uma prática de literatura de e para uma determinada elite.
Uma outra regra basilar assentava na regra das três unidades, que outrora tinha sido criada por Aristóteles na sua «Poética», ou seja, os textos tinham de obedecer à unidade tempo, à unidade espaço e à unidade ação. Os dramaturgos deviam, ainda, conjugar nas suas obras uma parte de fruição e de estética com uma ética que instruísse os leitores.
Os expoentes máximos deste período clássico foram Molière, Jean Racine e Madame de La Fayette.