Catolicismo

O catolicismo surge numa resposta de Constantino à perca de influência. Por volta do terceiro século da nossa Era o cristianismo começa a tornar-se respeitável entre os romanos. Enquanto que nos primeiros tempos eles eram perseguidos por causa da sua fé inabalável e apego aos costumes cristãos rejeitando os ensinamentos pagãos, a partir do terceiro século os cristãos e a sua cúpula dirigente deixaram de se apegar a estes padrões. A partir do quarto século os escritores cristãos começam a escrever que era possível ser cristão e romano. Passou a dar-se a entender que Roma era divinamente ordenada. Em 313 EC Constantino, o Grande, à data imperador Romano fez da Igreja a religião estatal. Ao unir a Igreja ao estado, e por fazer dos líderes religiosos membros do governo, ele fez com que um começasse a influenciar o outro.

A ideia de que havia um governante sobre a Igreja porém surgiu ainda no segundo século, através de Inácio, bispo de Antioquia. Até a data era um grupo de homens, conhecidos como anciãos ou bispos que tomava a liderança na congregação, mas Inácio sugere que um episcopado monárquico tomasse

Símbolo do Catolicismo

as decisões na congregação. Cerca de um século mais tarde Cipriano, bispo de Cartágo, ampliou este sistema, para uma hierarquia de sete categorias, sendo a posição suprema ocupada pelo bispo. Subordinado a ele haviam sete sacerdotes, diáconos, subdiáconos, etc.

Portanto, o fundador da Igreja Católica (Que significa Universal) não foi Constantino. Já no início do segundo século são lançadas as bases para a Igreja Católica. Além do episcopado, também na pessoa de Deus e do modo de adorar a Deus começa a ser alterado. Influenciados pela cultura grega e romana, os deuses do panteão romano transformam-se nos Santos da Igreja. Encontram-se inscrições em monumentos com a expressão Optimus Maximus, que era um dos nomes dados a Zeus ou Júpiter. As pessoas passam a achar que as deidades são nomes diferentes para um grande poder. Assim, o grego Zeus, o romano Júpiter, o egipcío Amon-Rá e o judeu Yawveh são apenas nomes diferentes para a mesma entidade. Além disto, formavam-se em partes diferentes do Império padrões de pensamento e de adoração diferentes.

Com o tempo surge Tertuliano, que passa a escrever em latim e não em grego, o que contribui para a posterior aceitação por parte de Roma. A formação da Igreja Católica Apostólica Romana dá-se por Constantino vê nela uma maneira de consolidar o seu Império e o Bispo de Roma, vê nele uma maneira de aumentar as suas massas e controlar mais pessoas. O Concílio de Nicéia (325 EC) teve um papel fundamental em tornar a Igreja Católica Apostólica Romana como a Igreja do Estado, e por fundir a Igreja Romana como superior às outras Igrejas que estavam pelo restante do Império, algo que se consolidou em 382 EC quando o imperador Graciano emitiu uma constituição que dava a Dâmaso, bispo de Roma, o direito de ouvir os apelos de outros bispos, mesmo os que estivessem em regiões mais afastadas do império. O bispo de Roma, aceitou a insígnia Pontifex Maximus, que o Imperador Graciano rejeitou.

Vários concílios foram realizados para estabelecer o conjunto de dogmas da igreja e para estabelecer o poder da Igreja Católica Romana. O primeiro é o citado acima, mas foram realizados concílios também em Constantinopla (quatro vezes), Éfeso, Calcedónia (defronte a Constantinopla, do outro lado do estreito de Bósforo, e novamente em Nicéia.

As crenças fundadas e estabelecidas nesses concílios incluem a doutrina de um Deus trino, a crença em Maria como mãe de Deus, o conjunto de heresias entre outros como a veneração de imagens.

Por volta dos anos 800, o Bispo de Roma passou a achar-se superior às autoridades. Portanto, no dia de Natal de 800 EC, ele decidiu que tinha autoridade para designar reis e imperadores e coroou Carlos, rei dos francos.

A Enciclopédia Católica em inglês, na página 615, volume III relata essa coroação:

“Dois dias depois (Dia de Natal de 800), ocorreu o principal evento na vida de Carlos. Durante a Missa de Pontifical celebrada pelo Papa, ao se ajoelhar o rei em oração diante do elevado altar sob o qual jaziam os corpos de S. Pedro e S. Paulo, o papa se aproximou dele, colocou sobre a cabeça dele a coroa imperial, prestou-lhe reverência formal segundo o costume antigo, saudou-o como Imperador e Augusto e o ungiu, ao passo que os romanos presentes irrompiam na aclamação, três vezes repetida: “A Carolus Augustus, coroado por Deus, poderoso e pacífico imperador, a vida e a vitória.””

O nono século viu as igrejas do Oriente e do Ocidente se afastarem ainda mais. Além da ação política direta do papa, ao coroar Carlos como imperador, fez-se então um esforço de impor às igrejas do Oriente o jugo da submissão ao papa romano, como soberano de direito divino na Igreja Católica. Esta ambição papal provocou vigorosa oposição por parte das Igrejas do Oriente. Estas consideravam a ação do papado como a “causa primária da divisão” entre as igrejas gregas e latinas.

Os papas de Roma queriam reunir os dois grupos eclesiásticos. Por isso estimulavam estas chamadas “guerras santas” em nome da cruz. Na quarta cruzada foi capturada Constantinopla, em 1204, e os cruzados, depois de tomarem a cidade, passaram oito dias em queimar e saquear toda propriedade pública e privada, causando assim a maior destruição de obras de arte em toda a história. Os imperadores latinos começaram a governar então em Constantinopla, ao passo que os imperadores gregos se mudaram para Nicéia, na Ásia Menor, e governaram dali.

Principais Ensinos do Catolicismo

– A alma é imortal;

– o Batismo é essencial para a salvação, devendo o mesmo ser realizado para expiar pecados (inclusive bebés devem ser batizados;

– o nome de Deus não deve ser usado nem proclamado;

– os padres devem manter o celibato (A idéia surgiu na Idade Média para preservar o património material da Igreja, o que evitava que descendentes levassem terras e outros bens);

– O Domingo é o dia do Senhor;

– Jesus morreu numa Cruz para expiar pecados;

– O Pai, o filho e o espírito santo são um;

– Maria é a mãe de Deus;

– Pedro foi o Primeiro Papa.

 

 

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