Do latim conceptus, de concipere, que significa “conceber”, um conceito, em sentido lato, é considerado como o elemento lógico básico do pensamento, pois sem conceitos não se formam juízos, nem se elaboram raciocínios.
Neste sentido, e aprofundando a sua definição, o conceito é uma representação intelectual que, quando expressa verbalmente, é o termo das proposições que o ser humano elabora. O conceito enquanto representação mental não pode ser expresso, a não ser que se utilize algum signo externo, ou seja, uma expressão exterior, escrita ou oral e em várias línguas.
Dos vários indivíduos ou coisas que fazem parte da realidade, formam-se determinados conceitos ou representações mentais que se exprimem mediante termos mas, quando isto não acontece, os pensamentos não são transmissíveis e, como consequência, não podem ser submetidos à análise lógica.
Os conceitos são construídos mediante determinadas operações, como a abstração e a generalização: a abstração diz respeito ao ato mediante o qual, dado um conjunto de objetos ou indivíduos concretos, se isolam as características particulares, próprias de cada um dos objetos, para, depois, se reter apenas aspetos comuns a esses diversos indivíduos. A generalização, por sua vez, surge como um complemento da abstração, ou seja, as propriedades detetadas no conjunto primeiramente observado tornam-se extensivas a toda a classe, espécie, ou conjunto.
Os conceitos abrangem ainda a extensão e a compreensão. Relativamente à extensão, ou denotação, esta diz respeito ao conjunto de seres ou indivíduos a que o conceito se aplica, já a compreensão, ou intenção, de um conceito diz respeito ao conjunto das qualidades ou características do próprio conceito, ou seja, é o seu conteúdo significativo.
