Uma breve análise da Filosofia monista do pensador pré-socráticos Parmênides.
Parmênides é um filósofo pré-socrático nascido em Eleia por volta de 515 a.C.
Conhecedor do pensamento de Heráclito, discordava da abordagem dada por ele, pois de fende uma posição monista, diferente da mobilista defendida por Heráclito. Segundo Parmênides a realidade é única e ele parece de fato ter introduzido uma distinção no pensamento filosófico entre realidade e aparência. Este consiste no primeiro argumento contra o mobilismo, pois considera o movimento apenas como algo aparente, ou seja, demonstra apena um aspecto superficial das coisas. para além desta visão superficial está algo apenas conhecido pelo pensamento – a verdadeira realidade, que é única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio e nem fim, além de contínua e indivisível. Para Parmênides o Ser é esférico – a esfera representa o caráter pleno e perfeito do real e é a través do pensamento que devemos buscar aquilo que permanece na mudança. Esta por sua vez, só pode ser percebida se há algo de estável que permanece e permite identificar o objeto como o mesmo. Dessa consideração podemos concluir outro argumento contra o mobilismo, já que a noção de mobilismo pressupõe a noção de permanência como anterior e fundamental.
Parmênides afirma também que “é o mesmo o ser e o pensar”(fr.2,6), o que quer dizer que a racionalidade do real e a razão humana são da mesma natureza, o que permite ao homem pensar o ser. Porém, esse conhecimento só pode ser obtido longe da opinião(doxa) e em busca da verdade. Chegar a verdade, portanto, significa um afastamento dos hábitos, impressões sensíveis e pessoais que podemos ter na vida. Ela, além de imprecisas são mutáveis e ilusórias. Nas opiniões surgem as preferências e interesses do indivíduo, bem como seus sentimentos particulares e mutáveis, porque elas existem sempre de acordo com as circunstâncias criando perspectivas sobre o que se vê.
A experiência sensorial, por ser oriunda dos sentidos, engana-nos, sendo por isso não confiável para o conhecimento verdadeiro. Este, se afasta da percepção sensível e trabalha com argumentos lógicos e é a partir da lógica que Parmênides afirma que o Ser é o que permanece sempre idêntico a si mesmo, já no movimento o que temos é o não-Ser. O devir, que é movimento no âmbito da aparência, é o não-Ser. Por isso Parmênides afirma que, o Ser é e o não-Ser não é.