Discurso de Gettysburg

Apresentação do Discurso de Gettysburg

O Discurso de Gettysburg foi um discurso memorável proferido pelo presidente norte-americano Abraham Lincoln, no dia 19 de Novembro de 1863, na cerimónia de inauguração do Cemitério Militar de Gettysburg, no local onde morreram numerosos soldados numa das batalhas mais importantes da Guerra Civil. Nesse discurso, de apenas cerca de 3 minutos, enquanto homenageava os mortos, Lincoln fez um apelo para que sejam honrados os princípios de liberdade e igualdade, pelos quais vale a pena morrer. O assunto principal do discurso é o tipo de sistema democrático a implementar após o final da Guerra Civil, com a participação dos negros libertos da escravatura, sem necessidade de reafirmação dos objectivos do sistema político criado com a Revolução Americana de 1777. Uma das conclusões mais relevantes do seu discurso resume-se na seguinte frase: “que esta Nação com a graça de Deus venha gerar uma nova Liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra”.

Texto integral do discurso

“Há 87 anos, os nossos pais deram origem neste continente a uma nova nação, concebida na liberdade e consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais.

Encontramo-nos atualmente empenhados numa grande guerra civil, pondo à prova se essa nação, ou qualquer outra nação assim concebida e consagrada, poderá perdurar. Eis-nos num grande campo de batalha dessa guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma parte desse campo ao derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram a sua vida para que essa Nação possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e justo que o façamos.

Mas, numa visão mais ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este local. Os valentes homens, vivos e mortos, que aqui combateram já o consagraram, muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos fracos poderes.

O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram.

Cumpre-nos, antes, a nós os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão insignemente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre-nos a nós os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes mortos veneráveis nos inspirem maior devoção à causa pela qual deram a última medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta nação com a graça de Deus venha gerar uma nova liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra.”

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