O círculo cromático (também conhecido como roda de cores ou círculo de cores) é uma ferramenta utilizada principalmente, na arte, no design, na decoração, na moda e em qualquer, outras áreas criativas. As suas principais funções são: ajudar a fazer combinações de cores, realizar estudos de cores frias e quentes, entender as cores análogas e as cores complementares.
O círculo cromático ajuda-nos a estabelecer as relações que as diversas cores têm entre si. O espectro cromático visível pelo olho humano é disposto em forma de círculo através do qual percebemos as derivações e conjugações possíveis e as várias relações harmónicas. Com o Círculo de Cores é possível criar um número virtualmente infinito de esquemas de cor e possibilitando a combinação das cores de maneira que essas combinações pareçam harmónicas ao nosso olhar.
Saber combinar correctamente as cores é indispensável em qualquer projecto de design e a partir de boas combinações podemos contrastá-las, harmonizá-las e iluminá-las de forma espectacular. Para simplificar esse processo, utilizamos o círculo cromático, transformando-o num instrumento ou ferramenta criativa.
É uma óptima ferramenta, que nos guia para fazer combinações e composição de cores, luminosidade, saturação e sombra. Mas, é fundamental deixar claro, que o círculo cromático sozinho não faz milagres nem funciona sozinho, saber combinar cores é como compor música, existe uma infinita possibilidades e depende muito da sensibilidade de cada pessoa.
Ao longo dos anos, importantes científicos e teóricos desenvolveram diferentes teorias da cor e diferentes tipos de círculos cromáticos com o objectivo de registarem, ordenarem e estudarem as cores, permitindo a disseminação do conhecimento sob diferentes perspectivas. Por esta razão, não se deve, afirmar que determinado círculo cromático é melhor ou pior do que outro ou até mesmo errado. Para aqueles em que o círculo cromático é realmente uma ferramenta de trabalho fundamental, o melhor é conhece-los a todos e saber utilizar o que cada um deles tem de melhor, sem julgamentos que possam diminuir ou desqualificar a contribuição histórica de cada um deles.
De Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) a Johanes Itten (1889–1967) todos desenvolveram criculos cromáticos com a estrutura organizacional baseada na organização das cores identificadas no arco-íris. O círculo cromático é apenas uma simbolização da escala de cores que formam o universo, e que o ser humano pode ser visto com a sua visão.
O Círculo Cromático, mais comum, é utilizado desde o século XVIII, onde cores são posicionadas de modo a facilitar o entendimento de suas possíveis combinações e resultados.
O círculo cromático, tradicionalmente é representado como o próprio nome indica, por um círculo com as 12 cores, distribuídas perfeitamente de tal maneira que geram diversas combinações, sejam ligando cores de lados opostos, cores lado a lado, etc.. Este, é formado por 12 cores: 3 primárias, 3 secundárias e 6 terciárias.
- 3 Cores Primárias: o vermelho, o amarelo e o azul. As cores primárias são conjuntos de cores que podem ser combinadas para criar outras cores. Para as aplicações humanas, três cores primárias são normalmente usadas, já que a visão colorida humana é tricromática. E cada uma delas possui uma cor secundária como complementar.
- 3 Cores Secundárias: verde (azul e amarelo), laranja (amarelo e vermelho) e roxo a (vermelho e azul). As cores secundárias são as cores que se formam pela mistura de duas cores primárias, em partes iguais. E cada uma delas possui uma cor primária como complementar.
- 6 Cores Terciárias: vermelho-arroxeado (vermelho e roxo) e vermelho-alaranjado (vermelho e laranja); amarelo-esverdeado (amarelo e verde) e amarelo-alaranjado (amarelo e laranja); azul-arroxeado (azul e roxo) e azul-esverdeado (azul e verde). A cor terciária é uma cor composta por uma cor primária e uma cor secundária. Estas possuem uma cor terciária como complementar.
A ordem das cores num círculo cromático não é aleatória, cada cor tem uma oposta e cada uma tem uma composição lógica. São organizadas de forma escalonada e progressiva entre diferentes tons da mesma cor. Há muitas maneiras diferentes para representar o círculo cromático. No entanto, algo que sempre deve estar presente é a escala de cores que dão o passo de um para outro.
Cada círculo cromático pode ter um maior ou menor número de cores internas de uma cor para outra, por exemplo, três diferentes tonalidades entre o amarelo e vermelho, que será um degradado de laranja que vai lentamente, intensificando, aproximando-se do vermelho e afastando-se do amarelo.
O círculo cromático, serve basicamente, para ordenar e classificar as diferentes possibilidades cromáticas que são observadas no universo da presença de luz ou escuridão. Estas tabelas ou gráficos são especialmente utilizados por cientistas e artistas e são realizáveis em muitas formas e maneiras diferentes.
References:
BARROS, Lilian Ried Miller. A Cor No Processo Criativo. Senac São Paulo, 2009
PEDROSA, Israel. O universo da cor. Senac Nacional, 2003
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Senac Nacional, 2009
RILEY, Charles A.; Color Codes: Modern Theories of Color in Philosophy, Painting and Architecture, Literature, Music, and Psychology. UPNE, 1995