Françoise Dolto

Françoise Marette Dolto foi uma das psicanalistas mais notáveis no estudo e tratamento da psicose infantil, em especial, autismo. Foi médica e psicanalista de origem francesa, muito influenciada por Jaques Lacan e pelas teorias freudianas.

Nasceu a 6 de Novembro de 1908, proveniente de uma família de engenheiros e militares. Educada segundo as regras e princípios da burguesia parisiense, desde a tenra idade foi ensinada e afastada sobre os perigos da sexualidade. Aos 7 anos foi levada pelos pais a acreditar que era noiva do tio materno que entretanto falecer e na guerra, ficando a pequena Dolto m luto que nunca conseguiu fazer pelo seu noivo. Por volta de 1920, com 12 anos, sofreu um novo luto, desta vez da irmã mais velha, vitima de cancro. Françoise deprimiu e levou-a à melancolia, doença da qual parecia padecer a sua mãe. Aos 20anos, surgiu uma neurose grave. Preocupada com a obesidade que a levava a afastar-se dos homens. Dedicou-se à medicina da educação, como revolta contra a que recebeu e para evitar que outros sofressem o mesmo que ela.

Fez uma psicanalise que durou 3 anos e teve inicio em 1934. Desta, salda-se uma nova relação com a vida e com os homens. Tornando-se uma mulher consciente de si, sexualmente atraente em vez que uma personagem infantil e mortífera para si mesma. Os seus trabalhos teóricos em psicanalise são conhecidos mundialmente, em especial naquilo que se referente à imagem inconsciente do corpo.

Tendo enveredado pela pediatria, Françoise Dolto inventou um método peculiar para tratamento de crianças com a técnica do jogo e da interpretação de desenhos.

Aos 34 anos casou-se com Boris Dolto (1899 – 1981), médico russo, imigrante, nascido na Crimeia. Teve três filhos.

Criou a Escola Freudiana de Paris e trabalhou no Centre-Medico-Psycho-Pédagogique (CMPP) Etienne Marcel até 1981. Teve o seu consultório privado e deu consultas gratuitas em diversas instituições.

Dedicou-se à sua família e ao estudo de métodos para o tratamento psicoterapêutico de crianças. Foi acusada pelos seus pares de levar o divã psicanalítico para a rua, uma vez que nos últimos tempos da sua vida, através da radio e da televisão, continuou a lutar pelas causas das crianças e a falar da psicanalise nestas.

Faleceu em 1988.

Obras que mais se destacam: Psicanalise e Pediatria, 1939 / O caso Dominique, 1971/ No Jogo do desejo,1981 / Seminario de Psicanalise de Crianças, 1986 / A dificuldade de viver 1995 / Sexualidade feminina, 1982 / Solidão, 1985 /

Palavras- Chave: Françoise Dolto, Caso Dominique, Jacques Lacan, Psicanalise de Crianças

Bibliografia: [

Laplange, J. & Pontalis, J.-B. (1990) Vocabulário de Psicanalise. Lisboa: Editorial Presença ( obra publicada em 1967)

Roudinesco, E. & Plon, M.(2000). Dicionário de Psicanalise. Lisboa: Editorial Inquérito. (obra original publicada em 1997)

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