Os mitos são, com frequência a base para muitas das tradições e dos rituais encontrados na maioria das religiões da atualidade. Eles são uma prova de que o homem desde sempre procura suprir uma necessidade espiritual e diferencia-lo completamente dos outros animais. Eles evidenciam também uma constante busca por um objetivo na vida e como maneiras de suprir respostas a perguntas importantes tais como as razões de morrer.
É muito frequente que os mitos tenham similaridades entre as culturas indiciando que talvez exista um facto histórico central. Por exemplo, podemos encontrar pontos de contacto entre a mitologia egípcia, indiana, grega, nórdica e americana com as várias distorções e exageros comuns ao tipo de vida levado pelos indivíduos de cada zona. Ao se examinar as mitologias acima referidas vemos que com frequência os pontos de contacto entre as diferentes mitologias são: a criação do homem por parte de deuses, uma inundação na Terra que exterminou praticamente a humanidade, a existência e inclusive convivência entre deuses, semideuses e humanos, a existência de uma alma imortal e a morte como um estágio para uma vida superior, a adoração do Sol como uma divindade.
Outra caracteristíca dos mitos é a incapacidade de definir quando as histórias relatadas pelos mitos ocorreram. A esse período de tempo dá-se o nome de “in lio temporare“.
Em seguidaUma lista das principais histórias conhecidas hoje:
- Mitologia Africana
- Mitologia Asteca
- Mitologia Arménia
- Mitologia Celta
- Mitologia Cristã
- Mitologia Chinesa
- Mitologia Egipcía
- Mitologia Eslava
- Mitologia Grega
- Mitologia Hindu
- Mitologia Inca
- Mitologia Islâmica
- Mitologia Japonesa
- Mitologia Judaica
- Mitologia Khoi
- Mitologia Maia
- Mitologia Maori
- Mitologia Mesopotâmica
- Mitologia Nórdica
- Mitologia Persa
- Mitologia Romana
- Mitologia Tupi-guarani
Apesar de todas estas mitologias apresentarem traços diferenciados, é importante referir que existem evidências que nos levam a acreditar que elas tiveram uma origem comum. Jasper Griffin no livro História do Mundo Clássico, de Oxford.
“A sua derradeira origem parece ter sido sumeriana. Nessas histórias orientais encontramos uma sucessão de deuses, e os temas da castração, da engulição e o de uma pedra são repetidos tal modo que, embora variem, mostram que a semelhança com Hesíodo não é coincidência.”
A análise de todas as mitologias ajuda-nos a perceber que as mesmas têm traços em Babilónia, berço mesopotâmico da maior parte das religiões. Os traços comuns ás mitologias são a criação, um período de semideuses ou deuses, um dilúvio e uma alma imortal. Depois cada um destes factores foi distorcido consoante a imaginação dos habitantes de cada região, mas ajuda-nos a entender que a humanidade tem uma origem comum.
Mesmo hoje, algumas destas ideias ainda são difundidas entre grande parte da sociedade apesar de ter perdido o seu cunho místico. Por exemplo, a celebração de aniversários comum em muitas partes do mundo origina-se na astrologia, que dá grande importância á data do nascimento exato da pessoa e do comportamento das estrelas no céu aquando do seu nascimento. Outro exemplo refere-se ao bolo de aniversário, que parece estar relacionado com a deusa grega Ártemis, cuja celebração de natalício era feita com bolos de mel em forma de lua e com velas em forma sobre eles. Os costumes relacionados com a morte também estão relacionados com a antiga mitologia e com ideias que nasceram nesta época. Por exemplo, o vestir-se de preto relaciona-se com o desejo de enganar espíritos maus que estão de tocaia aquando da morte de pessoas. Nas Filipinas, as pessoas tiram o sapato dos mortos e o colocam ao lado das pernas antes do sepultamento, para que “São” Pedro os receba bem.
Podemos concluir então que as ideias comuns á mitologia antiga produziram no geral alguns comportamentos. Alguns destes comportamentos são a reverência e o medo para com espíritos sagrados e poderes sobrenaturais, o uso da magia e a adivinhação do futuro através de sinais e agouros atráves de vários métodos para se ler a sorte ou procurar sinais ocultos nas estrelas. Estas ideias têm tido um papel importante em moldar o pensamento religioso de indivíduos ao redor do mundo durante toda a história, sendo ainda hoje parte da maioria das culturas, apesar do desenvolvimento cientifíco.