O Grupo de independentes foi assim chamado por se ter criado um grupo de psicanalistas que se distanciaram de Mélanie Klein (1882- 1960) e de Sigmund Freud (1856 – 1939). Um grupo de terapeutas que utilizavam conceções independentes. Tem origem no conflito entre Anna Freud (1895 – 1982) e de Mélanie Klein (1882 – 1960) que e tem como tema a psicanalise de crianças, estava ainda a segunda autora em Berlim, no circulo de Karl Abraham (1877 – 1925). Esta discussão ampliou-se até Londres, com a ida de Melanie Klein a convite de Ernest Jones (1879 – 1958) para Inglaterra. Os temas alargaram e não se cingiam apenas à psicanalise de crianças mas também às questões teóricas e à formação de psicanalistas.
Foi negociado a livre escolha de formação de cada candidato, com a obrigação de uma segunda supervisão conduzida por um supervisor não ter pertencer a nenhum dos dois grupos. Desta forma, pela adesão de muitos autores e psicanalistas em formação, formar-se-ia um grupo do meio que iria transformar-se no grupo dos independentes. Este grupo constituiu uma tradição filosófica e política inglesa que se caracteriza pela recusa das categorias totalizadoras pela militância doutrinária. Este grupo conseguiu fazer escola pela qualidade dos seus clínicos e aos trabalhos sobre a relação de objeto e a contra-transferência.
Nesse grupo, constam Donald Woods Winnicott (1896 -1971), Ronald Fairbain (1889 – 1964), Jonh Bowlby (1907 – 1990), Michael Balint (1896 – 1970) entre outros.
Em 1980, o Grupo dos Independentes sofreu uma nova integração, pelo acalmar das controvérsias.
Palavras – Chaves: Grupo dos Independentes, Mélanie Klein e Anna Freud, Grupo de Psicanalistas
Bibliografia:
Roudinesco, E. & Plon, M. (2000). Dicionário de Psicanalise. Lisboa: Editorial Inquérito. (obra original publicada em 1997)