O confucionismo de início era uma filosofia sobre ética e moral, que era baseada nos ensinos de seu fundador, Confúcio. Por muitos séculos, os ensinos dele têm exercido uma influência na cultura e modo de pensar dos mongóis, em especial chineses. No entanto, o confucionismo é na prática uma religião, isto apesar de Confúcio pouco falar num Deus. Há dois aspetos que tornam o confucionismo uma religião. Em primeira instância ele, Confúcio, tinha um medo reverente de um ser supremo, e uma entidade cósmica com um poder espiritual, chamado pelos seguidores de Confúcio de T´ien, ou Céu, que segundo ele era a fonte de toda a virtude e bondade moral, e cuja sua vontade, governava tudo e conduzia todas as coisas. Além disso, o segundo ponto tem que ver com a grande ênfase que Confúcio dava á observância de ritos e cerimónias ritualísticas para adorar os céus e os espíritos dos seus ancestrais falecidos. Portanto, apesar do fundador do Confucionismo não endossar os seus ensinos como uma religião, na prática ela tem sido, para os que adotam os seus ensinos uma religião.
De acordo com Lin Yutang, Confúcio, era o citado abaixo:
“Confúcio nasceu na cidade de Tsou, no condado de Ch’angping, no ducado de Lu. . . . A Sua mãe orou na colina Nich’iu e gerou Confúcio em resposta à sua oração, no vigésimo segundo ano do duque Hsiang, de Lu (551 AC). Houve uma percebível convolução na sua cabeça por ocasião de seu nascimento, e foi por isso que ele foi chamado de ‘Ch’iu’ (que significa “colina”). Seu nome literário era Chungni, e seu sobrenome era K’ung.”
De referir que a palavra Confúcio (em latim Confucius), é uma latinização de um nome chinês, K’ung-fu-tzu, que quer dizer “Mestre K´Ung”. Ao chegarem à China no século XVI sacerdotes jesuítas deram este nome aos ensinos do Mestre K´Ung além de recomendarem ao Sumo Pontífice Romano que Confúcio fosse canonizado como santo da Igreja Católica Apostólica Romana.
Um dos ensinos desta escola é que todas as pessoas, independente da sua classe social ser nobre ou leiga, tinham de aprender qual o seu papel na sociedade e depois de o fazer era importante que cada um dos indivíduos deveria viver de acordo com o que se esperava dele.
Esse conceito, dentro dos ensinos do confucionismo é conhecido como li quer quer dizer decoro e cortesia, a ordem das coisas, e por extensão pode também significar ritual, cerimónia e reverência. De acordo com o próprio Confúcio o Grande Li é:
“De todas as coisas pelas quais as pessoas vivem, li é a maior. Sem li, não sabemos como conduzir uma adequada adoração dos espíritos do universo; ou como estabelecer a correta condição do rei e dos ministros, do governante e dos governados, e dos anciãos e dos mais novos; ou como estabelecer o relacionamento moral entre os sexos, entre pais e filhos e entre irmãos; ou como distinguir os diferentes graus de relacionamento na família. É por isso que um cavalheiro tem li em tão alta estima.”
Poderíamos então dizer que basicamente Li refere-se á regra de conduta pelo qual cada homem tem que viver. Por isso, aquele que vivem de acordo com o li são chamados de chun-tzu, que pode ser traduzido como verdadeiro cavalheiro ou homem superior. Todas as relações sociais, são pautadas por este conjunto de regras sociais.
Para que as relações exteriores funcionem é necessário estar equilibrado interiormente e ter amor pelos outros como algo que medeia a vida. Esse conceito do confucionismo chama-se jen. O amor pelos outros medeia o jen, porque segundo Confúcio e outros seguidores (como Mencio), a natureza humana é essencialmente boa, e portanto existe a necessidade de educarmo-nos através do conhecimento humano e do aumento em erudição.
Seguir o li e o jen, leva á paz entre os humanos porque estes conceitos produzem relações sociais adequadas e permite que as pessoas alcancem o seu equilíbrio interior.
Como obras de Referência do Confucionismo citam-se quatro livros e Cinco clássicos
Os Quatro Livros
1. O Grande Aprendizado (Ta Hsüeh), a base da educação de um cavalheiro, o primeiro texto que os meninos estudavam na escola na China antiga.
2. A Doutrina do Meio (Chung Yung), um tratado sobre o desenvolvimento da natureza humana através da moderação.
3. Os Analectos (Lun Yü), uma coletânea de dizeres de Confúcio, considerada a principal fonte do pensamento confuciano.
4. O Livro de Mêncio (Meng-tzu), escritos e dizeres do maior discípulo de Confúcio, Meng-tzu, ou Mêncio.
Os Cinco Clássicos
1. O Livro de Poesia (Shih Ching), 305 poemas fornecendo um quadro do cotidiano nos primitivos tempos Chou (1000-600 AEC).
2. O Livro de História (Shu Ching), abrangendo 17 séculos de história chinesa começando com a dinastia Shang (1766-1122 AEC).
3. O Livro de Mutações (I Ching), um livro de adivinhação, baseado em interpretações de 64 possíveis combinações de seis linhas inteiras ou tracejadas.
4. O Livro dos Ritos (Li Chi), uma coletânea de regras sobre cerimônias e rituais.
5. Anais da Primavera e Outono (Ch’un Ch’iu), uma história do estado natal de Confúcio, Lu, abrangendo de 721-478 AEC.