Biografia de Paula Rego, uma pintora portuguesa que estudou em Londres, que foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e que se destaca na área da pintura. Dá nome a um museu de arte – A Casa das Histórias Paula Rego – que se localiza em Cascais.
Álvaro Siza Vieira(1933) |
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Maria Paula Figueiroa Rego ou Paula Rego, nome pelo qual é conhecida publicamente e na área artística, é uma pintora de origem e nacionalidade portuguesa que nasceu no dia 26 do mês de janeiro do ano de 1935 na cidade de Lisboa, a capital de Portugal. Filha de José Fernandes Figueiroa Rego, engenheiro eletrotécnico de profissão e de Maria de São José Avanti Quaresma de Paiva, Paula Rego nasceu e cresceu no seio de uma família burguesa por natureza e com costumes tradicionais da república portuguesa e da era liberal do país de Portugal mas que desde sempre manteve ligações às culturas de outros países, nomeadamente às culturas inglesas e francesa.
Começou o seu percurso académico e escolar no Colégio Integrado Monte Maior, em Loures, e mais tarde integrou o colégio St. Julian’s School, em Carcavelos, onde começou a demonstrar dotes na área das artes e da pintura. Depois de o pai insistir com Paula Rego, a mesma começou a dedicar-se à carreira artística na área da pintura e como tal decidiu investir no desenvolvimento artístico fora do país que estava na época salazarista dos anos cinquenta. Para conseguir desenvolver as suas aptidões na área da pintura, a artista portuguesa partiu para a cidade de Londres, no Reino Unido, para estudar na Slade School of Fine Art – que é conhecida apenas como Slade -, uma reconhecida faculdade de belas artes da University College London (UCL) onde estudou desde o ano de 1952 até ao ano de 1956. Foi em Londres que conheceu o também pintor Victor Willing, com quem acabou por se casar e ao longo da década dos anos sessenta viveu na Ericeira, em Portugal, tendo continuado a participar em várias exposições coletivas no Reino Unido sendo que no ano de 1966 expôs pela primeira vez de forma individual na Galeria de Arte Moderna da Escola de Belas Artes de Lisboa.
Já na década de setenta, ainda no início, a empresa familiar que a família de Paula Rego tinha na Ericeira, em Portugal, abriu falência e acabou por encerrar, tendo a família se radicado em Londres, no Reino Unido. Tornou-se bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian para conseguir realizar a pesquisa sobre contos infantis e no ano de 1975 e conseguiu levar onze obras à exposição «Arte portuguesa desde 1910», no ano de 1978. Na área da pintura, Paula Rego é mais direta e retrata o mundo intimista e infantil inspirando-se em dados reais ou imaginários e bebe influências na obra literária de George Orwell, por exemplo. No ano de 1987 Paula Rego assinou contrato com a galeria Marlborough Fine Art o que foi um passo enorme na sua carreira e expansão internacional. Em 1987, com a morte do seu marido, surgiram obras como «O Cadete e a Irmã», «A Partida», «A Família», entre outras obras. Em 1990 teve um convite da National Gallery, em Londres, para usar um atelier e pintar várias obras para a coleção da galeria inglesa. Quatro anos mais tarde lançou um conjunto de pinturas em pastel à qual chamou «Mulher Cão» e em 1997 ainda sobre a temática ‘mulheres’ mas desta vez virada para a crítica ao resultado do primeiro referendo do aborto, pintou a obra «Aborto».
Em 2006 foi convidada para ter uma exposição permanente da sua obra no concelho de Cascais e como tal indicou o arquiteto Souto Moura para desenvolver o projeto da obra num dos terrenos ao lado do Museu do Mar e assim nasceu a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais. O museu e casa foram inaugurados em setembro de 2009 e além de acolher obras da pintora ajuda também a promover e a divulgar a pintura em geral, sendo que a entidade responsável é a Fundação Paula Rego.
Prémios e distinções atribuídas a Paula Rego
Ano de 1995 – Foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’lago da Espada
Ano de 2004 – Foi elevada a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’lago da Espada
Ano de 2010 – Recebeu a Ordem do Império Britânico pela Rainha Isabel II
Ano de 2011 – Recebeu o doutoramento Honoris Causa da Universidade de Lisboa
Destacam-se também o Prémio Celpa/Vieira da Silva de Consagração e também o Grande Prémio Soquil.