O Mosteiro dos Jerónimos é um monumento de propriedade nacional do Estado Português e que se localiza em Belém, a cidade de Lisboa. O Mosteiro dos Jerónimos começou a ser construído no na de 1502 e cumpre atualmente uma função religiosa e também turística.
Também conhecido como Mosteiro de Santa Maria de Belém, o Mosteiro de Belém é um monumento nacional em forma de mosteiro que pertence à Ordem de São Jerónimo e que foi construído no século XVI. A Ordem de São Jerónimo é uma ordem religiosa católica de clausura monástica e de orientação puramente contemplativa que surgiu no século XIV e que foi fundada por São Jerónimo e aprovada pelo Papa Gregório XI no ano de 1373. O Mosteiro dos Jerónimos foi oferecido à Ordem de São Jerónimo pelo Rei D. Manuel I de Portugal e localiza-se na freguesia de Belém, na cidade e concelho de Lisboa, em Portugal e tem desde o ano de 2016 o estatuto de Panteão Nacional. O Mosteiro dos Jerónimos é também um dos “ex-libris” de Lisboa e da arquitetura manuelina em Portugal, uma vez que é o mais notável conjunto monástico português do seu tempo e uma das principais igrejas-salão (igrejas em que o espaço interior se conforma num salão único e uniforme cujas naves têm a mesma altura) de toda a Europa. A construção do mosteiro foi uma iniciativa do Rei D. Manuel I e prolongou-se por uma centena de anos estando a cargo de um conjunto de arquitetos e mestres-de-obras variado e notável com nomes como João de Castilho.
O Mosteiro dos Jerónimos encontra-se classificado como Monumento Nacional desde o ano de 1907 e em 1983 foi classificado como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, designada de UNESCO, em conjunto com outro monumento da mesma freguesia, a Torre de Belém. Em julho do ano de 2007 o Mosteiro dos Jerónimos foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal. O edifício do mosteiro está ligado à Casa Real Portuguesa e aos Descobrimentos Portugueses e é considerado um dos símbolos da nação, que hoje em dia constitui uma função religiosa, sendo uma igreja paroquial que pertence ao Patriarcado de Lisboa e cujo sacerdote é D. Manuel Clemente. Constitui também uma função turística e cultural uma vez que é possível fazer visitas ao monumento, entre essas visitas estão as visitas temáticas, que são destinadas ao público escolar do ensino secundário e ensino universitário e que incluem os temas da natividade no Mosteiro dos Jerónimos, o São Jerónimo, a iconografia dos Portais, os heróis e poetas do mosteiro bem como os seus arquitetos. Através do «Google Arts & Culture» é também possível visitar o Mosteiro dos Jerónimos mas, claro, de forma virtual. O Mosteiro dos Jerónimos pode ainda ser alugado para alguns eventos como banquetes, receções, conferências, recitais de música ou poesia, lançamento de livros, actos solenes, atividades de carácter cultural, mostras, exposições etc mediante consulta prévia com as entidades competentes e responsáveis pelo mosteiro. Os espaços disponíveis para aluguer são o Jardim Interior, o Antigo Refeitório e o Claustro Inferior. O espaço do mosteiro possui também uma loja onde podem ser adquiridas réplicas de peças, peças de autor e publicações variadas.
Arquitetos do Mosteiro dos Jerónimos
Diogo de Boitaca
João de Castilho
Diogo de Torralva
Jerónimo de Ruão
Artistas envolvidos na obra do Mosteiro dos Jerónimos
Nicolau de Chanterenne
Filipe Brias
Lourenço de Salzedo
Simão Rodrigues
Avelar Rebelo
Costa Mota
Abel Manta
Constituição do Mosteiro dos Jerónimos
- Portal Sul – que foi construído entre 1516 e 1518 por João de Castilho e segundo o projeto de Diogo de Boitaca, é um centro visual da fachada do edifício que se desenvolve de forma paralela ao Rio Tejo. É um portal que serve de entrada lateral para o Mosteiro. Tem a Nossa Senhora de Belém a encimar o pórtico e nos tímpanos figuram duas cenas da vida de São Jerónimo. Sobre o tímpano estão representadas as armas de Portugal.
- Portal Principal – mais pequeno e menos imponente que o Portal do Sul é a porta principal do Mosteiro dos Jerónimos. É orientado a Nascente e foi projetado por Diogo de Boitaca e executado por Nicolau Chanterenne. Em cima do portal estão 3 nichos que acolhem conjuntos de estatuárias com cenas do nascimento de Cristo.
- Igreja de Santa Maria de Belém – uma igreja em cruz latina que é composta por 3 naves à mesma altura, reunidas por uma única abóbada e assente em 6 pilares de base circular.
- Capela-mor – mandada construir por D. Catarina, mulher de D. João III, em 1571. Foi desenhada por Jerónimo de Ruão e contém um sacrário de prata oferecido pelo rei D. Afonso VI em ação de graças pela vitória alcançada na batalha de Montes Claros em 1655, marcando assim a Restauração da Independência Portuguesa.
- Claustro – destinado essencialmente ao isolamento da comunidade monástica, era o local de oração da Ordem de S. Jerónimo. Foi projetado por Diogo de Boitaca e continuado por João de Castilho tendo sido concluído por Diogo de Torralva.
- Refeitório – foi construído entre 1517 e 1518 pelo mestre Leonardo Vaz e os seus oficiais, em abóbada polinervada e abatida e exemplifica o gosto mais comum do período do estilo manuelino.
- Sala do Capítulo – servia para as reuniões periódicas dos monges que tinham o seu início com a leitura do capítulo da Regra. Foi executada por Rodrigo de Pontezilha e destacam-se duas imagens representando São Bernardo e São Jerónimo.
- Sacristia – é uma obra do arquiteto João de Castilho e foi construída entre 1517 e 1520. É uma ampla sala em que a abóbada irradia de uma coluna central renascentista onde se encontram vestígios do antigo lava-mãos.
- Confessionários – doze portas para os antigos confessionários sendo que duas delas estão nos dias de hoje cobertas pela Capela do Senhor dos Passos.
- Coro-Alto – a sua construção é anterior ao ano de 1551, tem desenho de Diogo de Torralva e foi executado por Diogo de Çarça.
- Livraria – a livraria ou biblioteca foi mandada construir por volta do ano de 1640 e hoje em dia a sala alberga uma exposição documental com carácter permanente e denominada por «Um Lugar no Tempo».