O registo mais antigo da Atlântida pertence a Platão ( filósofo grego 428-347 a.C.), nas obras “Timeu ou a Natureza” e “Crítias ou a Atlântida”. O mito assenta numa ilha habitada que foi engolida pelo oceano no ano de 9564 a.C. “em um único dia e noite de infortúnio”.
Segundo o filósofo, a Atlântida era uma civilização próspera. Localizada no Oceano Atlântico, “para lá das Colunas de Hércules”, consistia numa potência naval, tendo conquistado diversos territórios da Europa Ocidental e África. Em suas terras proliferavam templos e palácios de uma beleza singular e extensas estradas.
Os atlantes são descritos como um povo único. Valorizavam o equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito; e o conhecimento como nenhuma outra civilização, nem mesmo a Grega. Os manuscritos relatam que os sábios debruçavam-se sobre os segredos dos astros e do Universo. O cidadão comum tinha acesso ao conhecimento, onde se incluíam importantes saberes em ciências.
Há quem acredite que a Atlântida localizava-se sobre a Dorsal Oceânica, ou seja, na zona abrangida pelos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde. O continente teria desaparecido devido a movimentos bruscos da crosta terrestre. A teoria surge da semelhança entre as construções antigas da América e do Egipto. A existência em tempos de uma civilização no oceano, avançada a nível tecnológico, capaz de ligar ambas as partes poderia ser a explicação.
A Atlântida é um mistério ainda longe de ser explicado que inspira diversos autores nas mais variadas teorias. Para todos existe um único ponto em comum: foi um continente que desapareceu na consequência de um cataclismo geológico.