Golpe de 1964

Foi o golpe de 1964 que instaurou a maior ditadura militar brasileira. Através dele, o governo Jango foi deposto e os militares ascenderam ao poder.

O que foi o golpe de 1964?

O golpe de 1964 se refere a tomada de poder no Brasil pelo governo militar, em 31 de março do mesmo ano. No dia primeiro de abril, foi instaurada uma ditadura, encerrando a presidência de João Goulart, 24º presidente brasileiro, também conhecido como Jango.

Também conhecido como revolução de 1964, o golpe de 1964 resultou no maior período ditatorial não democrático vivido pelo Brasil. Na realidade, a ditadura é considerada civil-militar, porque, de acordo com historiadores, houve apoio de outros segmentos sociais. Entre eles, proprietários rurais, a burguesia industrial, o conservadorismo, a Igreja Católica e grupos anticomunistas.

golpe de 1964

Antes e depois do golpe de 1964

Jango foi eleito democraticamente através de voto direto, como vice-presidente de Jânio da Silva Quadros. O primeiro era do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o segundo do Partido Trabalhista Nacional (PTN), respetivamente. Eles tiveram também o apoio da União Democrática Nacional (UDN).

O golpe estabeleceu então um regime autoritário e nacionalista, politicamente alinhado aos Estados Unidos e marcou o início de um período de profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social.

O regime durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1964, após o movimento Diretas Já. O primeiro presidente eleito democraticamente por voto direto foi Fernando Collor de Mello, em 1989.

golpe de 1964

A ditadura

O golpe de 1964 aconteceu por uma série de fatores. Entre eles, o suposto envolvimento de Jango com o comunismo, em Cuba; a inflação anual que batia os 79,9%; o crescimento da Marcha da Família com Deus pela Liberdade; etc.

Com a ditadura instaurada, o povo brasileiro se viu restringido em diversas áreas. Em 9 de abril de 1964, foi instituído o Ato Institucional número 1 (AI-1), um decreto militar realizado para depor o presidente e iniciar a cassação dos mandatos políticos. No mesmo mês, o marechal Castello Branco assumiu a presidência com um mandato até 24 de janeiro de 1967.

Depois disso, foram publicados mais quatro Atos Institucional, sendo o mais rigoroso dele o AI-5. Que dava permissão para múltiplas intervenções em diversos níveis pelos militares. Foi também o ato que legalizou a censura e ilegalizou as reuniões politicas, intensificando as perseguições e encarceramento de civis.

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References:

Schwarcz, Lilia M.; Starling, Heloisa M. (2015). No fio da navalha: ditadura, oposição e resistência. In: Brasil: uma biografia. São Paulo, Cia das Letras, p. 437-466.

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