Conceito de serviço social
O serviço social é uma disciplina das Ciências Sociais e Humanas que se dedica ao estudo e transformação de uma determinada realidade social, através de um método científico próprio, com o propósito de atuar nessa realidade, de modo a responder às necessidades dos indivíduos na sociedade.
Segundo a Associação dos Profissionais de Serviço Social (APSS) é a profissão que “promove a mudança social, a resolução de problemas nas relações humanas e o reforço da emancipação das pessoas para promoção do bem-estar. Utilizando teorias do comportamento humano e sistemas sociais, o serviço social intervem na interação das pessoas com os seus ambientes.”
Sendo assim, o serviço social visa a mudança da sociedade, particularmente no que diz respeito às pessoas que sofrem as consequências de quaisquer formas de exclusão e injustiça social, devido a pobreza, desemprego, doença, cumprimento de pena ou violação dos Direitos Humanos.
O serviço social na sua evolução passou por diversas etapas de desenvolvimento que o levaram desde uma etapa pré-técnica, técnica e pré-científica até uma etapa em que se busca uma atuação científica.
O serviço social é uma atividade que se orienta segundo os seguintes meios e critérios científicos:
– serve-se de procedimentos científicos próprios: investigação para a construção do conhecimento e a planificação das intervenções;
– utiliza conhecimentos e teoria próprios ou de outras ciências para atingir a compreensão das situações sociais que aborda;
– utiliza o pensamento sistemático e o exame lógico para argumentar, decidir e pôr em prática as suas proposições.
Na evolução do serviço social sempre se assistiu a uma preocupação com as questões metodológicas. Inicialmente dotado de métodos distintos em função do utente e essencialmente virados para a intervenção, foi influenciado pelo desenvolvimento das diversas Ciências Sociais e Humanas, sentindo a necessidade de uma orientação metodológica diferente.
Nos anos 60 e 70 começaram a existir esforços no sentido de desenvolver um método que incluísse a interdependência entre indivíduos, grupos e comunidades, obrigando assim os profissionais, os assistentes sociais, a uma maior flexibilidade, centrando a sua atenção, nos indivíduos, nos grupos ou na comunidade, de acordo os problemas apresentados.