Conceito de Reacção Acrossómica:
Para que o espermatozóide entre no oócito II tem primeiro que atravessar a corona radiata e a zona pelúcida do mesmo, para isso ocorre a recção acrossómica que consiste na libertação de enzimas hidrolíticas do acrossoma quando em contacto com a zona pelúcida permitindo que esta zona se degrade e que o espermatozoide se ligue à membrana do oócito II e inicie a fecundação.
Os espermatozóides recém-ejaculados não possuem capacidade de fertilizar o oócito, têm que para isso passar por um processo de capacitação espermática, a reação acrossómica será a fase final da capacitação, e os espermatozoides que sejam capazes desta reação serão considerados espermatozoides capacitados. A não ocorrência de reação acrossómica impossibilita a fecundação pois o espermatozoide não será capaz de fertilização.
O acrossoma é formado durante a espermatogénese desenvolvido do complexo de Golgi e cobre cerca de 50-70% da cabeça do espermatozoide e a sua principal função é de armazenar as enzimas para libertar durante a reação acrossómica.
Um grande influxo de cálcio através da membrana plasmática da cabeça do espermatozoide acompanhado por um influxo de sódio e efluxo de hidrogénio aumenta o pH intracelular, seguindo-se a essência deste acontecimento, que é a fusão entre a membrana plasmática e a parte exterior da membrana do acrossoma, levando à formação de vesículas que resulta na libertação das enzimas armazenadas no acrossoma e digestão da zona pelúcida. Após a reação acrossómica o espermatozoide pode então começar a penetrar a zona pelúcida através de propulsão mecânica conseguida pelos movimentos da sua cauda combinada com a digestão enzimática proporcionada pelas enzimas acrossómica. Conseguindo atravessar a zona pelúcida e agora com a membrana interna exposta o espermatozoide pode fazer contato direto com a membrana plasmática do oócito e iniciar a fecundação.
