Quem foi D. Afonso VI
D. Afonso VI (Lisboa, 21 de agosto de 1643 – Sintra, 12 de setembro de 1683) foi rei de Portugal entre 1656 e 1668. Filho de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, tornou-se herdeiro do trono em 1653 com a morte prematura do seu irmão Teodósio e, três anos mais tarde, quando tinha apenas 12 anos, torna-se rei de Portugal. Hemiplégico e limitado intelectualmente, o controlo efectivo do poder executivo durante o seu reinado coube a D. Luís de Vasconcelos e Sousa, 3º Conde de Castelo Melhor que ocupou o cargo de escrivão da puridade.
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D. Afonso VI
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Os primeiros anos de vida
Quando nasceu, Afonso não estava destinado a ser rei de Portugal, cargo que estava destinado ao seu irmão mais velho, Teodósio de Bragança, tendo a sua formação sido algo descurada. Quando tinha apenas 3 ou 4 anos de idade foi atingido por uma grave doença do sistema nervoso central, tendo afetado gravemente quer do ponto de vista físico, quer mental. A sua infância foi passada no Paço, num ambiente muito atribulado, e talvez devido ao pouco cuidado dado à sua formação passava muito tempo com pessoas de baixa condição, e entregava-se a divertimentos indignos da sua posição social.
Reinado de D. Afonso VI
Em 1953, com a morte prematura de seu irmão Teodósio, torna-se herdeiro ao trono, cargo para o qual não estava minimamente preparado. Em 1656 morre seu pai D. João IV, numa altura em que Afonso ainda não tinha atingido a maioridade, tendo a regência do Reino ficado entregue a sua mãe, D. Luísa de Gusmão. Durante o período em que D. Luísa de Gusmão foi regente, o comportamento indigno de Afonso foi-se agravando, dedicando grande parte do seu tempo a prazeres carnais, colocando cada vez mais dúvidas sobre a sua capacidade em assumir a governação do Reino.
Em 1662, apoiado por Luís de Vasconcelos e Sousa, terceiro conde de Castelo Melhor, Afonso faz saber a sua mãe que resolvera assumir o poder. A 29 de junho de 1662, e apesar da resistência da mãe, o rei assumiu definitivamente o governo do reino (que na prática foi assumido em seu nome pelo conde de Castelo Melhor, que se fez nomear escrivão da puridade).
Durante o seu reinado foram conseguidas importantes vitórias sobre as forças espanholas, nomeadamente Ameixial e Castelo Rodrigo em 1663 e Montes Claros em 1665, as quais permitiram a consolidação da independência face a Espanha e lhe valeram o cognome de O Vitorioso.
Contudo, à medida que os anos passavam, a sua incapacidade ia aumentando,correndo rumores de que não tinha sido consumado o seu casamento com Maria Francisca de Saboia, colocando em causa a sua sucessão. Por esses motivos foi levantado um processo contra o rei com o objetivo de o governo a seu irmão D. Pedro, o que viria a acontecer em 1668. Após essa data esteve preso no paço, tendo sido enviado posteriormente para a ilha Terceira no Açores. Em 1673 volta ao continente ficando a residir em semi-clausura no Palácio da Pena em Sintra até à sua morte em 1683.
