Pós-produção

A fase da magia nas produções cinematográficas

A fase de Pós-Produção, em cinema, designa-se como a etapa da edição que se tem vindo a afirmar, deixando de ser algo básico para se tornar algo complexo e muitas vezes difícil de usar corretamente (cada vez mais frequente o exagero deste recurso que se apresenta criativo e diversificado).

Também nesta última fase cinematográfica, é muito importante a divisão de tarefas e, sendo assim, temos os responsáveis pela montagem (montadores) de um filme ou qualquer outro produto audiovisual cuja principal função é dar sentido ao material previamente filmado. É basicamente o responsável pelo storytelling (forma como se conta a história, que pode fazer com que as mesmas imagens contem histórias diferentes devido a serem montadas por pessoas diferentes) do produto final. Um dos principais processos da tarefa é o chamado “corte e cola” para se transformar horas de gravação em apenas alguns minutos de produto final. Num programa de culinária, por exemplo, é fundamental que se apresentem todas as tarefas a executar mas de forma rápida e simples. Não se deve estar mais do que sete segundos no mesmo plano de atividade como cortar uma cebola ou um tomate. É importante que se cortem também os tempos mortos da execução como o tempo de espera.

Outra das etapas da edição são os grafismos e oráculos que são pequenos apontamentos que podem ou não existir dependendo do programa ou filme em questão. São bastante frequentes em programas de televisão e por norma aparecem apenas como indicador de pessoa que está a falar naquele momento mas em determinados programas como a culinária, podem ser mais do que apenas indicadores de personagens. São facilitadores na gestão de tempo pois permitem cortar o tempo de espera com uma simples anotação de tempo (exemplo: “deixar cozer durante 30 minutos”). É importante que os oráculos sejam facilitadores de comunicação e não ruído na mensagem a transmitir.

É também fundamental definir e ajustar o genérico e os créditos. São respetivamente o início e o fim de um programa televisivo, seja ele informativo, histórico ou ficcional. O genérico é uma breve apresentação do que se segue contendo algumas imagens de contextualização. Os créditos ou ficha técnica é onde estão inseridos todos os envolvidos no projeto, sejam eles atores, equipa de produção e ainda os patrocínios.

A correção de cor é feita depois da montagem estar concluída e altera as cores de todo o filme ou episódio de forma a neutralizar as cores e manter o ambiente e os intervenientes mais naturais possíveis. Dá também espaço para pequenos problemas de iluminação durante a produção que podem ser corrigidos e igualar com os restantes planos do episódio.

O misturador de som é um dos últimos processos da fase de finalização da edição do projeto. É responsável por equilibrar volumes de falas, músicas e sons específicos, para que estes estejam bem nivelados e não aconteça o recorrente caso de ter de aumentar e diminuir o volume enquanto vemos um filme ou programa.

O revisor, que por norma é o diretor de produção, tem como responsabilidade verificar se todo o programa está bem conseguido. Ou seja, rever todos os passos acima descritos para que nada falhe.

No entanto, esta fase não é apenas a montagem e edição do projeto audiovisual. Inclui também a desmontagem do cenário e equipamentos de gravação de áudio, vídeo e iluminação, o pagamento de ordenados e a avaliação do impacto do programa. Para além de tudo isto, a fase de pós-produção cinematográfica pode ser a mais demorada porque envolve a divulgação dos projetos finais e a sua entrada em festivais e demonstrações públicas em salas de exibição.

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