Diversos autores, como John Rawls, John Locke e Aristóteles apresentaram as suas perspectivas acerca da origem do estado.
Neste sentido, é importante mencionar três conceitos que se interligam entre si, são eles: ética, direito e política.
A ética define os princípios que estão na base quer do direito quer da política. O direito é o conjunto de regras que regulam as relações estabelecidas entre os cidadãos. Cabe à política, a gestão dos assuntos da comunidade. O direito e a política devem ter por base a ideia de justiça, mas é a ética que vai definir em que consiste a justiça.
O autor John Rawls, definiu a teoria da justiça como equidade, ou seja, a forma de aplicar o direito de uma forma justa e razoável. A principal tarefa da sua teoria consistiu em estabelecer um contrato social através das seguintes condições: estar numa situação de equidade, total imparcialidade perante todos os indivíduos e a inexistência de interesses pessoais. A posição original de Rawls partiu do véu de ignorância que consistiu em ser uma situação hipoteticamente que visa garantir a existência de equidade, onde se procede á escolha dos princípios que garantam uma sociedade justa. Rawls pretendeu a construção de uma sociedade justa organizada com base no principio da liberdade e da igualdade.
Aristóteles, um outro autor apresentou uma teoria diferente da de Rawls. Para Aristóteles, a política é uma ética social pois a existência do estado justifica-se pela necessidade de formar cidadãos virtuosos.
Já John Locke, com a sua teoria designada por contratualismo, em que o estado tem origem num contrato social em que as pessoas o aceitam livremente. Deste modo, John Locke pretendeu garantir os direitos individuais que estabelece os deveres do estado e os dos cidadãos. Locke foi criticado por diversos autores, uma vez que os contratos estabelecidos podem ser injustos e por vezes desnecessários.