Introdução
«Goyescas», subtitulada Los majos enamorados, é uma suite para piano do compositor Enrique Granados. É considerada uma das suas maiores obras, a maior, na opinião de vários autores. O seu nome faz referência à obra do pinto Francisco Goyas, de quem Granados era um grande admirador. Não existe, contudo, relação directa entre algumas das peças e um quadro em particular do artista. A suite, de grande complexidade técnica e interpretativa, descreve sobretudo uma atmosfera e não retrata cenas concretas. «Goyescas» faz parte do repertório standard romântico de piano.
Constituição da obra
A obra compreende um conjunto de dois livros, cada um com três peças. Granados iniciou a composição do primeiro em 1909 e estreou-o no Palacio de la Música Catalana, em Barcelona, em 11 de Março de 1911. O segundo foi concluído no final do mesmo ano mas estreado somente em 4 de Abril de 1914, na Salle Pleyel, em Paris. Os títulos das peças são os seguintes:
- Los requiebros (Palavras Amorosas)
- Coloquio en la reja (Conversa por entre as Grades)
- El Fandango del Candil (Fandango da Galinha)
- Quejas, o la maja y el ruiseñor (Lamento ou a Rapariga e o Rouxinol)
- El amor y la morte (O Amor e a Morte)
- Epilogo: la serenada del espectro (Epílogo: a Serenata do Espectro)
Granados compôs uma peça, El Pelele (subtitulada Escena Goyesca, O Homem sem Valores), que tem uma correspondência exacta a um dos quadros de Goyas. Esta relação levou a que a peça se tornasse “a sétima” de «Goyescas» porque é sempre apresentada com o conjunto. No entanto, esta nunca foi oficialmente acrescentada à obra.
Ópera
O compositor compôs depois, em 1915, uma ópera de um acto, com três cenas, a partir da suite acima mencionada. O libreto espanhol ficou a cargo de Fernando Periquet Y Zuaznaba e a ópera foi produzida pela primeira vez em 1916.