Edvard Munch

Quem foi Edvard Munch

Edvard Munch, foi um renomado pintor e artista plástico norueguês, precursor do expressionismo alemão e inspirando as correntes artísticas modernas. 

O Expressionismo foi um movimento artístico vanguardista que surgiu na Alemanha no início do século XX, transversal aos campos artísticos da arquitectura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança e fotografia e que influenciou várias gerações de artistas na Europa e no Mundo.

Munch, seguindo as temáticas expressionistas, abordava os temas relacionados com os sentimentos e as tragédias humanas (angústia, morte, depressão, saudade). Retratava pinturas de imagens desfiguradas, passando uma sensação de angústia e desespero, pela forte expressividade no rosto das personagens retratadas.

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Edvart Munch

(1863-1944)

Edvard_Munch_1921

Edvard Munch  .
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Dados Biográficos

Nome completo: Edvard Munch
Nascimento12 de Dezembro de 1863, Ådalsbruk, Løten, Noruega
Morte: 23 de Janeiro de 1944 (80 anos), Oslo, Noruega
Nacionalidade: Norueguês
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Cargos, Funções, Actividades Profissionais

Áreas em que se distinguiu: Pintura, Gravura
Profissão/cargo: Pintor
Movimento ArtísticoExpressionismo
Principais ObrasMelancolia (1892); O Grito (1893); Anxiety (1894); Jealousy (1895); Self-Portrait with Burning Cigarette (1895); Lady From the Sea (1896); A dança da vida (1899-1900); Reunião (1921); Entre o Relógio e a Cama (1940-1942)
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1863 1889 1892 1884 1893 1944
Nascimento

Vista Paris onde descobre a obra de Van Gogh e Gauguin e indubitavelmente o seu estilo sofre grandes mudanças.

Recebe um convite para expor em Berlim, momento que se torna crucial na sua carreira e na história da arte alemã.

Mudando-se e montado o seu próprio estúdio em Montmartre.

Pinta o quadro “O Grito”, que retrata a angústia e o desespero, e foi inspirado pelas decepções do próprio artista

Morre.

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Edvard Munch, nasceu em Loten, Noruega, no dia 12 de Dezembro de 1863, foi o segundo filho de Laura Cathrine e Christian Munch, um médico do Exército, obsessivamente religioso, que sofreu sucessivas perdas que marcaram a sua vida.

Munch, ficou órfão de mãe com apenas cinco anos de idade. Frágil e doente passou a sua infância na cama e chegou a ser expulso da escola por excesso de faltas. Sem a mãe, apegou-se à irmã Sophie, um ano mais velha, que era a sua alegria, até ficar tuberculosa e morrer com apenas 15 anos.

Nos anos seguintes, Munch perdeu o pai, que morreu de um ataque cardíaco, e viu outra irmã, esquizofrénica, ser internada num hospital psiquiátrico, onde acabou passando toda a sua vida. Ficou então aos cuidados de uma tia, que o matriculou na Escola de Artes e Ofícios, na cidade de Kristiania, a actual Oslo.

Aluno do mestre Christian Krogh começou a pintar seguindo os moldes naturalistas.

Em 1889, vista Paris onde descobre a obra de Van Gogh e Gauguin e indubitavelmente o seu estilo sofre grandes mudanças.

Em 1892, recebe um convite para expor em Berlim, momento que se torna crucial na sua carreira e na história da arte alemã. Em Berlim, Munch envolveu-se num círculo internacional de escritores, artistas e críticos, incluindo o dramaturgo sueco e intelectual principal August Strindberg, que pintou em 1892.

Entre 1892 e 1908, volta regularmente à Noruega e absorve o pensamento simbólico de Strindberg, tentando depois exprimir através de vários meios e estilos picturais os seus sentimentos e as suas experiências sobre o amor.

O Ciclo, entre 1892 e 1902, representa um ponto culminante da obra de Munch. Os motivos e temas das suas obras, giram em torno da vida e da morte, do amor, do medo, do ciúme e do desespero. Munch, representou nestas obras, as suas próprias experiências traumáticas (“Não pinto o que vejo, mas o que vi; a arte é uma cristalização”).

A obra mais conhecida deste ciclo, foi “O Grito”, pintado em 1893. Com trinta anos de idade, o quadro “O Grito” retrata a angústia e o desespero, e foi inspirado pelas decepções do próprio artista, tanto no amor como com os seus amigos. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) com o pôr-do-sol de fundo.

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O Grito, 1893

“O Grito” é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci.

Em 1896, em Paris, interessa-se pela gravura, fazendo grandes inovações nesta técnica. Os trabalhos deste período revelam uma segurança notável e quase estranha à sua temática normal.

Em 1914 inicia a execução do projecto para a decoração da Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples, com motivos de tradição popular.

No final da década de 1930 e início da década de 1940 passou por uma forte decepção. O governo nazista ordenou a retirada de todas as obras de arte de Munch dos museus da Alemanha por considerá-las esteticamente imperfeitas e por não valorizar a cultura alemã. Esta recusa da sua arte, abalou-o profundamente.

As últimas obras que realizou, pretendiam ser um resumo das preocupações da sua existência, exemplo disso são as obras: “Entre o Relógio” e a “Cama”. Toda a sua obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza.

Munch morreu a 23 de Janeiro de 1944, na cidade de Ekely, próximo de Oslo, na Noruega. Edvard Munch, doa toda a sua propriedade à cidade de Oslo, onde está instalado o “Munch-Museum” criado para celebrar o centenário do seu nascimento e celebrar a sua obra.

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References:

BARRON, Stephanie & DUBE, Wolf-Dieter. German Expressionism: Art and Society – Art of the 20th century. Thames and Hudson, 1997

BEHR, Shulamith. Expressionismo. São Paulo: Cosac & Naif, 2000

ELGER, Dietmar. Expressionism: A Revolution in German Art. Taschen, 2002

FIGURA, Starr & JELAVICH, Peter. German Expressionism: The Graphic Impulse. The Museum of Modern Art, 2011

MCGINITY, Larry. “Expressionismo alemão”. In: Farthing, Stephen. Tudo sobre arte. Sextante. Rio de Janeiro, 2011

PRELINGER, E. After the scream, the late paintings of E. Munch. Atlanta: High Museum of Art, New Haven. Yale University Press. London, 2002

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