A tecnologia de DNA recombinante (DNAr) permite associar na mesma molécula de DNA, genes provenientes de organismos distintos, ou seja, possibilita retirar genes de uma espécie e introduzir num microrganismo, que posteriormente se vai multiplicar e assim produzir inúmeras copias desse gene e consequentemente o seu produto.
O processo baseia-se na utilização de dois tipos de enzimas: enzimas de restrição e enzimas DNA ligase. Utilizam-se enzimas de restrição, que têm a capacidade de selecionar zonas especificas do DNA e cortar a sequência nucleotídica pretendida de modo a obter o gene de interesse. Esse gene de interesse é posteriormente colocado num vetor de clonagem. Para que o fragmento de DNA seja incorporado no vetor, é necessário que a mesma enzima de restrição que “cortou” a sequência de DNA, atue sobre o vetor, de modo a criar uma sequência nucleotídica complementar. Finalmente, através da enzima DNA ligase, os dois segmentos de DNA são ligados, produzindo uma nova molécula estável – o DNA recombinante. Com a nova molécula de DNA recombinante formada, o vetor é introduzido num organismo recetor, que irá passar a possuir aquele gene de interesse e a proteína formada por esse mesmo gene. Os primeiros cientistas a criar um organismo que possuísse DNA recombinante foram Stanley Cohen e Herbert Boyer que utilizaram como modelo de estudo a bactéria Escherichia coli.
Esta técnica é uma da mais importante em engenharia genética uma vez que permite isolar e estudar genes de diversos organismos. Além disso, permite a obtenção de Organismos Geneticamente Modificados (OGM).