Quem foi Frank Lloyd Wright
Frank Lloyd Wright foi um dos maiores arquitectos do século XX. Com um estilo único, definido por ele próprio como o organicismo ou arquitectura orgânica, marca o caminho para a modernização na arquitectura, no design e na engenharia.
É considerado o melhor arquitecto americano. Foi a figura chave da arquitectura orgânica, um desdobramento da arquitectura moderna que se contrapunha ao International style europeu. Wright acreditava que a arquitectura não era só uma questão de habilidade e criatividade, mas deveria transmitir felicidade.
Wright defendia que o projecto deve ser individual, de acordo com a localização e finalidade. Dizia que “a forma e a função são uma só”.
Wright influenciou os rumos da arquitectura moderna com suas ideias e obras e é considerado um dos arquitectos mais importantes do século XX.
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Frank Lloyd Wright(1867-1959)
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Frank Lloyd Wright nasceu na pequena cidade agrícola de Richland Center Wisconsin, nos Estados Unidos, em 1867. Frank foi o primeiro filho de três irmãos (tinha duas irmãs mais novas), filhos de uma professora, Anna Lloyd Jonese de um músico e pastor, William Carey Wright.
A sua mãe, Anne Wright sempre se sentiu fascinada pelas construções. Antes do nascimento de Frank, já idealizava que o seu primeiro filho seria homem e estudaria arquitectura. Embora fosse “perseguida pela pobreza”, fez todos os sacrifícios imagináveis para proporcionar a Frank uma boa educação. Apesar de tudo, o filho não foi uma criança mimada.
Frank, originalmente foi baptizado Frank Lincoln Wright, mas mudou seu nome após o divórcio de seus pais em homenagem à família de sua mãe, Lloyd Jones.
Frank Lloyd Wright Wright estudou engenharia entre 1885 e 1887, na Universidade do Wisconsin, Madison. Em 1887, Wright deixou a escola sem chegar a graduar-se, a despeito de ter recebido da universidade um Doutorado honorário em Artes em 1955. Muda-se para Chicago, que ainda estava sendo reconstruída do Grande incêndio de Chicago, em 1871, e juntou-se ao escritório de arquitectura de Joseph Lyman Silsbee. Dentro de um ano, deixaria Silsbee para trabalhar na empresa de Adler & Sullivan como aprendiz de Louis Sullivan.
Enquanto trabalhou no ateliê deixou-se influenciar pela mestria de Louis Sullivan, um dos pioneiros em arranha-céus da Escola de Chicago. Responsável por mais de mil projectos, dos quais mais de quinhentos construídos.
A partir de 1887 começa a trabalhar e a realizar projectos próprios, trabalhando sobre a proposta de “planta livre” e o predomínio da horizontalidade, elevando as casas sobre uma base de pedra, com telhados com grandes balanços e com a convicção de que as janelas não são simples aberturas mas exercem uma função estrutural.
Em 1889, mudou-se para um ateliê próprio, em Oak Park, nos arredores de Chicago.
Em 1893, constituiu uma sociedade temporária com Cecil Corwin, até que volta a abrir um ateliê apenas seu. Com a Casa Winslow, em River Forest, Illinois, em 1894, iniciou a série de “Casas da Pradaria”, sendo a Casa Robie, em Chicago, uma das mais aclamadas.
Em 1909, Wright fez uma viagem à Europa, onde expande a sua influência como arquitecto devido à exposição da sua obra em Berlim. Ao regressar à América, em 1911, construiu a sua Casa Taliesin.
De 1915 a 1922, concebeu uma nova estrutura técnica, em colaboração com A.Raymond, para proteger os edifícios de terramotos e utilizou-a no Hotel Imperial, em Tóquio.
Um dos seus projectos mais habilidoso e espectacular, actualmente, considerada uma das casas mais famosas do mundo, foi a Fallingwater House (Casa da Cascata) ou Casa Kaufmann, em Pensilvânia 1936, construída na encosta de um penhasco, mesmo por cima de uma cascata de água. O proprietário era o homem de negócios Edgar Kaufmann Sr., cujo filho Edgar Jr. fora aluno de arquitectura de Wright. Foi construída no meio dum bosque, no interior duma propriedade da família. Originalmente utilizada como residência de veraneio da família, a casa hoje é um museu.
De 1936 a 1950, desenhou e construiu a sede para a firma de produtos químicos S.C.Johnson & Son, em Racine, Wisconsin. Pouco depois construiu o seu único arranha-céus, a Torre Price, em Oklahoma (1953-56).
Em 1957, seguindo o seu ideal orgânico e as formas invulgares, utilizou uma espiral para criar o Solomon R. Guggenheim Museum, de Nova Iorque. Defendendo esta obra, Frank declarou que: “É tudo uma coisa só, integral, e não parte sobre parte. Este é o princípio pelo qual sempre trabalhei.” O princípio a que Wright se refere é a ideologia do projecto que desenvolveu ao longo de toda a sua carreira: a arquitectura orgânica. No seu cerne, esse princípio era uma aspiração à continuidade espacial, em que cada elemento de uma edificação fosse concebido não como um módulo discretamente projectado, mas como um constituinte de um todo, um organismo vivo incorporado espaço que ocupa e na paisagem.
Wright tem cerca de 800 edifícios construídos, dos mais de 1000 que desenhou, além de inúmeros artigos e livros, onde expõe as suas ideias de uma arquitectura orgânica na América.
Frank Lloyd Wright deixou uma vasta obra quer a nível de projectos executados, quer pela parte literária da filosofia da arquitectura orgânica. No final de sua vida deixou inúmeras obras em papel relativas a projectos de âmbito astronómico a nível monetário quer a nível de concepção para a sua época.
O Instituto Americano de Arquitectos postumamente conferiu a Wright em 1991 o título de “maior arquitecto americano de todos os tempos”. .
References:
KAUFMANN Jr., Edgard (editor). Taliesin drawnings by Frank Lloyd Wright. Wittenborn & Company, 1951
MOSER, W. M. Frank Lloyd Wright: 60 years of living architecture. Wittenborn & Company, 1952
WRIGHT, Frank Lloyd. An autobiography. Duell, Sloan & Pearce Inc., 1943
WRIGHT, John Lloyd. My father who is on Earth. G. P. Putnam, 1946
ZEVI, Bruno. Frank Lloyd Wright. Obras e projectos. Editorial Gustavo Gili, S.L.1985