Minimalismo

Minimalismo, ou Minimal Art – Arte Minimal, é um movimento artistico, que representa o ápice das tendências reducionistas na arte moderna. O minimalismo surgiu em Nova Iorque no fim da década de 1960 e caracteriza-se pela extrema simplicidade das formas.

Desenvolveu-se como uma reacção à emotividade e ao Expressionismo Abstracto que dominou a produção artística da arte nos anos 50 do século XX, o Minimalismo apresenta uma tendência notória para uma arte despojada e simples, objectiva, anónima, simplesmente minimalista.

O termo “mínimo” foi usado pela primeira vez pelo filósofo britânico Richard Wollheim em 1965, para referir-se as pinturas de Ad Reinhardt e a outros objectos de alto conteúdo intelectual, mas de baixo teor formal ou de fabricação, tais como o “ready-made” de Marcel Duchamp.

A palavra minimalismo reporta-se a um conjunto de movimentos artísticos e culturais que percorreram vários momentos do século XX, manifestados através dos seus elementos fundamentais, especialmente nas artes visuais, no design e na música.

Os movimentos minimalistas tiveram grande influência nas artes visuais, no design, na música e na própria criação tecnológica. O termo pode ser usado para descrever as peças de Samuel Beckett, os filmes de Robert Bresson, os contos de Raymond Carver, os projectos automobilísticos de Colin Chapman e até mesmo a linha teórica adoptada pela gramática geractiva desde o fim do século XX.

O minimalismo nas artes plásticas surge após o ápice do expressionismo abstracto nos Estados Unidos, movimento esse que marcou a mudança do eixo artístico mundial da Europa para os Estados Unidos. Contrapondo-se a esse movimento, o minimalismo procurava através da redução formal e da produção de objectos em série, que se transmitisse ao observador uma percepção fenomenológica nova do ambiente onde se inseriam. Exemplo desse projecto, apresenta-se nas obras de Dan Flavin, que através de tubos luminosos modificava o ambiente da galeria.

O objecto de arte minimal, preferencialmente localizado no terreno ambíguo entre pintura e escultura, não esconde os conteúdos intrínsecos ou sentidos ocultos. A sua verdade está na realidade física com que se expõe aos olhos do observador, cujo ponto de vista é fundamental para a apreensão da obra, despida de efeitos decorativos e/ou expressivos.

Os trabalhos de arte, nesta concepção, são simplesmente objectos materiais e não veículos portadores de ideias ou emoções. Um vocabulário construído de ideias como despojamento, simplicidade e neutralidade, trabalhado com o auxílio de materiais industriais, como o vidro, o aço, o acrílico, etc.… é o núcleo do programa da minimal art.

1024px-IKB_191

Yves Klein, IKB 191, 1962, pintura monocromática

As obras minimalistas possuem um mínimo de recursos e elementos. A pintura minimalista usa um número limitado de cores e privilegia formas geométricas simples, repetidas simetricamente.

No decurso da história da arte, durante o século XX, houve três grandes tendências que poderiam ser chamadas de “minimalistas”: manifestações minimalistas: construtivismo, vanguarda russa, modernismo. Os construtivistas por meio da experimentação formal procuravam uma linguagem universal da arte, passível de ser absorvida por toda humanidade.

A segunda e mais importante fase do movimento surgiu de artistas como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson, cuja produção pretendia ultrapassar os conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte: procuravam estudar as possibilidades estéticas a partir de estruturas bi ou tridimensionais.

O minimalismo exerceu uma grande influência em vários campos do design, como a programação visual, o desenho industrial, o design gráfico ou de produto. Os minimalistas produzem objectos simples como sinónimo de sofisticação.

A manifestação minimalista também se manifestou na Musica e na Literatura. A música minimalista nasceu com a série Composições 1960, criada por La Monte Young, esta pode ser cantada apenas com duas notas. A literatura minimalista caracteriza-se pela economia de palavras, onde os autores minimalistas evitam advérbios e sugerem contextos a ditar significados.

Os principais artistas minimalistas foram: Samuel Beckett (dramaturgo e escritor irlandês), Raymond Clevie Carver (escritor norte-americano), Philip Glass (compositor norte-americano), Robert Bresson (cineasta francês), Dan Flavin (artista plástico norte-americano), Yves Klein (artista plástico francês), Sol LeWitt (artista plástico norte-americano), Frank Stella (artista plástico norte-americano), Robert Mangold (pintor norte-americano), Agnés Martin (pintora minimalista canadense).

1789 Visualizações 1 Total

References:

BACHELOR, David. Minimalismo: Movimientos en el Arte Moderno (Serie Tate Gallery). Encuentro, 1999

CHILVERS, Ian. Diccionario del arte del siglo XX. Diccionarios Oxford-Complutense. Editorial Complutense, 2001

FIZ, Simón Marchán. Del arte objetual al arte de concepto. Volumen 83 de Arte y estética. Ediciones AKAL, 2012

PRECKLER, Ana María. Historia del arte universal de los siglos XIX y XX, Volumen 2. Editorial Complutense, 2003

1789 Visualizações

A Knoow é uma enciclopédia colaborativa e em permamente adaptação e melhoria. Se detetou alguma falha em algum dos nossos verbetes, pedimos que nos informe para o mail geral@knoow.net para que possamos verificar. Ajude-nos a melhorar.