Quem foi Henri Matisse
Henri Matisse, foi o expoente máximo do movimento artístico chamado Fauvismo, que floresceu em França entre 1901 e 1908. Matisse destacou-se na pintura e a sua obra é considerada uma das expressões mais significativa da Arte de Vanguarda, ao lado de van Gogh, Gauguin, Cézanne e Picasso.
Matisse é considerado por muitos críticos e historiadores da arte, junto com Pablo Picasso, o pintor mais importante e revolucionário do século XX. Uma das suas maiores inovações foi libertar a cor do carácter naturalista. Exemplo dessa libertação, foi em 1905, ao pintar o retrato da sua esposa, decidiu pôr uma sombra verde no meio da cara dela, descobrindo que…
“Quando pinto um verde, não significa dizer erva; quando pinto um azul, não quer dizer céu”. – Henri Matisse
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Henri Matisse (1869-1954)
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Henri Matisse, nasceu a 31 de Dezembro de 1869 na cidade de Le Cateau-Cambrésis, região Norte de França e cresceu em Bohain-en-Vermandois, na região da Picardia.
Em 1891, iniciou os seus estudos Académicos, estudando o curso de Direito, mas passado pouco tempo acabou abandonando o curso de Direito, para matricula-se na Academia Julián de Paris, e dedicar-se ao desenho e a pintura. Durante este período de aprendizagem artística, também frequentava como ouvinte a Escola de Belas-Artes de Paris e ia ao Louvre para copiar os quadros de grandes mestres ali expostos.
Em 1896, Matisse tem as suas primeiras quatro obras expostas no Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi convidado para ser membro associado da entidade. Contudo, a sua aproximação inicial à estética impressionista contrariou as expectativas críticas do Salão e ele começou a encontrar dificuldades em divulgar seu trabalho.
A partir de 1899, Henri Matisse deixou de expor no salão oficial e, aos poucos, tornou-se conhecido entre os artistas parisienses que criavam e discutiam a arte moderna, os chamados grupos de vanguarda.
Em 1901, expôs pela primeira vez no Salão dos Independentes, que não tinha júri e foi criado em 1884 como uma alternativa para os pintores rejeitados pelos jurados das mostras e Salões oficiais.
As obras iniciais de Matisse, sobretudo “Luxo, Calma e Volúpia”, de 1904, caracteriza-se pelas suas pinceladas isoladas, ainda são tributárias do neo-impressionismo, embora já previssem essa tendência da simplificação dos traços e dos volumes.
Explorado novas formas e técnicas e contra tudo e todos, em 1905, participa do célebre Salão de Outono em Paris, ao lado de Albert Marquet, Maurice Vlaminck e André Derain, que rejeitavam a paleta suave dos impressionistas e aderiram às cores fortes e aos traços expressivos, próximos aos de Vincent van Gogh e Paul Gauguin. A crítica detestou e reagiu de forma bastante crítica e violência.
Matisse e os seus novos colegas foram então chamados de “fauves”, que se pode traduzir como, “bestas selvagens”. Daí surgiu o termo “fauvismo”, utilizado inicialmente de forma pejorativa, para definir o movimento, de duração efémera e que teve o seu início nessa mesma exposição.
A teoria artística que Matisse seguia no seu processo de trabalho consistia em estudar separadamente cada elemento da obra – desenho, cores, valores, composição -, fazendo com que todos tenham a mesma importância e destaque dentro da composição.
Entre 1906 até 1912 realiza diversas viagens que o influenciam a si e à sua arte. Da Argélia volta influenciado pelo uso decorativo da arte islâmica e introduz o decorativismo na sua pintura. Também viaja a Marrocos e dessa época, as pinturas “Harmonia em Vermelho” (1908), “A Dança” (1909) e “A Música” (1910), se destacam pelo uso de cores fortes, movimentos fluidos em contraste com linhas, além dos elementos florais decorativos.
Em 1917, muda-se para Nice, onde as cores sob a luminosidade mediterrânea, alcançam a harmonia pretendida pelo pintor e a sensualidade do nu feminino, em uma síntese entre a matéria, a profundidade do espaço e a riqueza dos detalhes. A obra O Torso de Gesso de 1919, é um exemplo maravilhoso desse período de Matisse.
Em 1930 realiza para a Barnes Foundation, o mural La danse, utilizando recortes de papel pintado para elaborar as formas na superfície. A partir deste momento, começa a explorar e trabalhar com recortes de papel, técnica que também continuou utilizando, por não puder pintar a óleo por motivos de saúde. Graças a esta nova forma de expressão artística, deixou uma vasta obra gráfica, além de esculturas representativas de cada uma de suas fases artísticas.
Em 1941, Matisse foi submetido a duas cirurgias, que lhe imobilizam os movimentos e o deixaram em uma cadeira de rodas. Nesse período e apesar das dificuldades, passou a trabalhar mais intensamente com uma técnica que desenvolvera desde 1937: a aplicação de tinta em papel recortado, os famosos gouaches découpées, que serviram para ilustrar seu livro Jazz, de 1947.
De 1948 a 1951 dedica-se ao projecto arquitectónico e à decoração do interior da Capela do Rosário, em Vence, França. Nesse momento, Matisse considerava que esta obra seria o trabalho mais importante da sua carreira.
Matisse morreu a 3 de Novembro de 1954, em Nice, no sul da França.
References:
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Companhia das Letras. São Paulo, 1993
BOIS, Yve-Alain. Matisse e Picasso. Companhia Melhoramentos. São Paulo, 1999
DE MICHELI, Mario. As vanguardas artísticas. Martins Fontes. São Paulo, 1991
FLAM, Jack. Matisse: the man and his art 1869-1918. Thames and Hudson. London, 1986
HARRISON, Charles. Primitivismo, Cubismo, Abstração: começo do século XX. Cosac & Naify. São Paulo, 1998
MANNERING, Douglas. A arte de Matisse. Ao Livro Técnico S/A. Rio de Janeiro, 1982.
READ, Herbert. História da Pintura Moderna. Martins Fontes. São Paulo, 2001