Joan Miró

Quem foi Joan Miró

Joan Miró, foi um dos artistas mais abrangentes e diligentes do século XX, não só na pintura como também na escultura, um dos líderes do surrealismo abstracto. Foi um criador de formas, figuras coloridas, imaginárias e símbolos próprios formados por manchas e por linhas carregadas de simbolismo e expressão, que caracterizou toda sua obra.

As obras de Joan Miró, apesar de surrealistas, estão marcadas por uma simplicidade que o diferencia da maioria dos pintores da sua época.

Apesar de se associar ao surrealismo, nunca se privou de ir mais além, embarcando em horizontes expressionistas e abstraccionistas, ambicionando a pintura em quatro dimensões. Miró nunca foi o mais amistoso para com os críticos de arte e para os representantes institucionais, fazendo valer a sua concepção artística de uma forma muito própria e pessoal.

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Joan Miró

(1893-1983)

Portrait_of_Joan_Miro,_Barcelona_1935_June_13

Joan Miró
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Dados Biográficos

Nome completo: Joan Miró i Ferrà
Nascimento: 20 de Abril de 1893 (Barcelona, Espanha)
Morte: 25 de Dezembro de 1983 (Palma de Maiorca, Espanha)
Nacionalidade: Espanhol
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Cargos, Funções, Actividades Profissionais

Áreas em que se distinguiu: Artes Plásticas
Profissão/cargo: Pintor e escultor
Movimento Artístico: Surrealismo abstracto
Principais Obras: “Calle de Pedralbes“, 1917; “O Interior Holandês, 1924; “Números e constelações em amor com uma mulher” 1941
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1893 1912 1920 1930’s 1941 1983
Nascimento

Começa os seus estudos na Reial Acadèmia Catalana de Belles Arts de Sant Jordi (Escola de Belas Artes)

Muda-se para Paris, para consolidar as suas influências cubistas e surrealistas

A sua obra sofre a influência dos horrores da Guerra Civil espanhola (1936-1939)

Concebe, a que seria a sua mais conhecida  obra “Números e constelações em amor com uma mulher”.

Morre com 90 anos, em Palma de Maiorca.

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Joan Miró i Ferra nasceu a 20 de Abril de 1893 na cidade de Barcelona, em Espanha. Filho de Miquel Miró Adzerias e de Dolores Ferrà, uma família de artesoes que desde muito sedo lhe incutiu o gosto pelas artes e criação manual.

Apesar de demonstrar um gosto especial pela pintura desde muito cedo, foi pressionado a seguir uma carreira burocrática. Mas pouco tempo de começar a trabalhar, ao ver-se preso a uma actividade monótona e pouco criativa, Miró entra em uma profunda depressão agravada por um ataque de febre tifóide.

Mas, todos esses problemas de saúde, deram-lhe a força necessária para lutar por aquilo que realmente queria e em 1912, começa a frequentar em Barcelona, a Reial Acadèmia Catalana de Belles Arts de Sant Jordi e a Academia de Gali, dirigida por Francisco Gali.

Com apenas 25 anos, organiza a sua primeira exposição na galeria Sala Dalmau. Inicialmente, Miró apresentou uma pintura com um estilo expressionista, com influencias fauvistas e cubistas, com uma visível tendência em distorcer as formas e usar cores pouco reais que destruíam os valores tradicionais.

De 1915 até 1919, começa a trabalhar em Montroig, uma cidade próxima de Barcelona, pintando paisagens, retratos e nus, vivendo entra as duas cidades. Mas, em 1920, decide emigrar de vez, para Paris, de forma a poder consolidar as suas influências cubistas e surrealistas. Na capital francesa, conhece a Picasso e Tristan Tzaia, um dos iniciadores do Dadaísmo. Aos poucos a sua pintura evoluiu em direcção a uma maior definição da forma e eliminando o forte contraste de luz.

Após uma viagem aos Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, fez ressurgir os elementos figurativos em suas obras. E em 1928, pinta a obra “O Interior Holandês”, uma das pinturas mais marcantes da sua carreira. Nesse mesmo ano, o Museu de Arte Moderna adquiriu duas telas de Miró.

No fim da década de 1930, com o inicio da Guerra Civil espanhola (1936-1939), a sua produção artística sofre uma fortemente influencia pelos horrores da guerra. São dessa época “O Ceifeiro” e “Cabeça de Mulher”.

Durante esse período, viveu entre os Estados Unidos, Paris e Barcelona, um dos períodos mais produtivos da sua carreira e em 1941, concebe, a que seria a sua mais conhecida e radiante obra “Números e constelações em amor com uma mulher”.

Miró

Números e constelações em amor com uma mulher, 1941

Mas Miró, entre a pintura e a escultura, também teve tempo de ser cenarista do bailado de Diaghilev Roméo et Juliette em 1925 e do bailado do ballet de Monte Carlo Jeux d’Enfants em 1931. Executou murais de grandes dimensões, nomeadamente para a Exposição Universal de Paris de 1937, para a Universidade de Harvard, em 1950, e para a sede da Unesco em Paris, em 1955.

No fim da sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto.

Ele morreu aos 90 anos de idade na cidade de Palma de Maiorca, na Espanha. E ao contrario de muitos outros artistas, nunca deixou de pintar.

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References:

Fundação Miró – https://www.fmirobcn.org

BALSACH, Maria-Josep. Joan Miró: cosmogonías de un mundo originario (1918-1939). Galaxia Gutenberg, 2007

BATLLORI, Joan M. Minguet. Joan Miró: l’artista i el seu entorn cultural, 1918-1983 – Volumen 244 de Biblioteca Serra d’or. L’Abadia de Montserrat, 2000

COYLE, Laura Coyle; MIRÓ, Joan Punyet; JEFFETT, William. The shape of color: Joan Miró’s painted sculpture. Corcoran Gallery of Art, 2002

GUIGON, Emmanuel. El objecto surrealista. Valencià: IVAM Institut Valencià d’Art Modern. IVAM Centre Julio Gonzalez, 1997

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