Primeira unidade de conservação estadual criada em Minas Gerais, o Parque do Rio Doce está situado na porção sudoeste do Estado, a 248 km de Belo Horizonte, na região do Vale do Aço. Em seus 36.970 hectares, a UC abriga a maior extensão contínua de Mata Atlântica do Estado. Árvores centenárias, madeiras nobres de grande porte e uma infinidade de animais nativos compõem o cenário deste que é um dos mais representativos remanescentes de Mata Atlântica do Brasil. O Parque abriga quarenta lagoas naturais, que proporcionam um espetáculo de rara beleza, além de servirem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa. O Parque abriga uma significativa representação de espécies da avifauna e de animais conhecidos da fauna brasileira, como a capivara, a anta, o macaco-prego, o sauá, a paca e a cotia, além de espécies ameaçadas de extinção, como a onçapintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.
Nas áreas de influência do Parque estão sendo implementadas atividades de recuperação de áreas desmatadas nas pequenas e médias propriedades, visando aumentar a conectividade entre os fragmentos florestais e a formação de corredores ecológicos. A sistemática de trabalho utilizada obedece ao modelo estabelecido, com a doação de mudas, insumos, material para cercamento das áreas, assistência técnica aos agricultores partícipes e pagamento pelos serviços ambientais (PAS) por eles prestados, ao recuperarem a floresta em suas propriedades.