Organicismo (na Arquitetura)

Conceito de Organicismo

O termo Organicismo, genericamente, designa algo se se desenvolve ou evolui naturalmente, algo que é pensado no sentido de possuir uma estrutura semelhante às estruturas da natureza, com possibilidade de organização e crescimento natural, tal como, um organismo vivo. Na arquitectura, organicismo remete, a um edifício que não está preso a uma forma pré-defenida, que evoluir e se transforma dependendo do sitio, situação e função, natureza.

Organicismo, também conhecido como arquitectura orgânica ou arquitectura organicista, foi uma escola da arquitectura moderna influenciada e inspirada principalmente pelas ideias e trabalhos de Frank Lloyd Wright. Apesar de ter surgido nos Estados Unidos da América, desenvolveu-se por todo o mundo.

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Frank Lloyd Wright

Uma arquitectura orgânica significa nem mais nem menos, uma tendência de inspiração orgânica onde a natureza e o seu envolvimento. Os ideais orgânicos na arquitectura refutam as regras impostas pelo esteticismo e pelo mero bom gosto, assim como a gente a quem pertencerá esta arquitectura refutará as imposições que estão em desacordo com a natureza e o carácter do homem” – Frank Loyd Whright.

O organicismo teve como precursor o arquitecto americano Louis Sullivan, mentor da Escola de Chicago, acompanhando assim o nascimento da arquitectura moderna. Mais tarde, em pleno período Arte Nova, o europeu Henry Van de Velde desenvolveu uma linguagem impregnada de referências naturais e orgânicas, de linhas curvas, patente por exemplo, no Teatro do Werkbund.

Mas sem duvida, o protagonista máximo desta tendência estética foi o americano Frank Lloyd Wright, discípulo de Sullivan. Foi, aliás, este arquitecto que, em 1908, pela primeira vez empregou o termo orgânico enquanto categoria expressiva da sua arquitectura. Alguns dos seus trabalhos tornaram-se paradigmas da arquitectura organicista, ora pela solução morfológica, como o Museu Guggenheim de Nova Iorque ou como, a Casa da Cascata (1935), expoente máximo, da procura de harmonia absoluta entre os vários elementos construtivos e a integração com a natureza e a paisagem.

O conceito do organicismo foi desenvolvido através das pesquisas de Frank Lloyd Wright, que acreditava que uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas e do carácter do país como um organismo vivo. A sua convicção era de que os edifícios influenciam profundamente as pessoas que neles vivem ou trabalham, e por esse motivo o arquitecto é um modelador de homens.

De uma forma geral, a arquitectura orgânica é considerada como um contraponto e em certo sentido, uma reacção, à arquitectura racionalista e o funcionalismo do International Style de origem europeia.

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Casa da Cascata – Fallingwater, Frank Lloyd Wright (1935)

Enfrentando e contradizendo o funcionalismo europeu, arquitectos importantes como Frank Lloyd Wright nos Estados Unidos ou Henry Van de Velde, Eric Mendelshon e Alvar Aalto, na Europa, esforçaram-se por conseguir uma arquitectura que se parecesse em forma ou carácter a um organismo natural e que tivesse uma unidade e harmonia entre construção humana e espaço envolvente natural.

Alvar Aalto, foi um dos mais radicais arquitectos organicistas, devido à sua total rejeição dos princípios formais rígidos, enveredando pela pesquisa de projectos com base em geometrias complexas que fazem referência a formas naturais e que prestam atenção ao carácter topográfico do terreno e da envolvente construída.

O organicismo é uma tendência própria do século XX, com a Natureza e a nossa influencia sobre ela, o organicismo consiste numa arquitectura de proporções orgânicas com o corpo humano. Os arquitectos modernos concebem a arquitectura orgânica como a fusão das diferentes partes ou elementos de um edifício em um todo orgânico que imita a natureza e se insere nela como parte integrante da mesma.

Segundo palavras do próprio Frank Lloyd Wright: “um edifício não deve estar sobre uma colina, senão fazer parte da colina, como se nascesse da terra.

O organicismo baseou-se na convicção de que a arte deveria imitar a natureza, mas não com a finalidade de reproduzir copias perfeitas, mas com a finalidade de criar uma ilusão de vida, de conferir as qualidades da natureza viva sobre os produtos do homem.

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References:

HESS, Alan. Organic Architecture: The Other Modernism. Gibbs Smith, 2006

HESS, Alan & WEINTRAUB, Alan. Frank Lloyd Wright Natural Design: Organic Architecture : Lessons for Building Green from an American Orginal. Random House Incorporated, 2012

LASEAU, Paul & TICE, James. Frank Lloyd Wright: Between Principles and Form. John Wiley & Sons, 1991

PEARSON, David. New Organic Architecture: The Breaking Wave. Gaia Books Limited. London, 2001

WILLIAM, A. Coles. Architecture in America: A Battle of Styles. Appleton-Century-Crofts, Inc. New York, 1961

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