Sonoplastia é uma técnica de reconstituição artificial dos efeitos acústicos que acompanham a ação em peças de teatro, cinema, vídeo e televisão. Abrange todas a vertentes sonoras da composição musical desde o som dos instrumentos à fala humana. O termo foi cunhado pela língua portuguesa e começou por ser designado por “composição radiofónica”.
A qualidade do som distingue os trabalhos profissionais.
A envolvente sonora
A função principal na origem do termo é a de recriar sons naturais através de materiais e objetos. Os sons podem ir desde animais, elementos da natureza, movimentos de ação como andar ou saltar, manuseamento de objetos comuns e também a gravação de diálogos ou excertos de musica.
A sonorização de um programa vive então da produção dos efeitos sonoros criados artificialmente, se por exemplo for necessário destacar o som de uma porta a fechar ou o trote de um cavalo , estes efeitos são simulados em estúdio como o objeto real como simplesmente gravar uma porta a fechar ou usando outros materiais como bater com dois pedaços de madeira a um ritmo constante simulando o trotar de um cavalo.
O som tem de ser credível, pelo que o sonoplasta precisa de ter acesso às imagens afim de sincronizar os tempos entre ação visual e efeito sonoro. A captação destes efeitos pode exigir menor ou maior esforço consoante o tipo de som pedido. A cadência das gotas de uma torneira a bater no chão é mais rapidamente concretizável tanto em termos de obtenção como manipulação do som, do que criar sons artificiais de objetos ou criaturas que não existem no mundo real como o grunhir de monstros ou o barulho de uma nave espacial a voar.
A banda sonora também é manipulada pelo sonoplasta, não na composição das musicas, mas na forma como é integrada na acção. Quando existe um momento de tensão a musica surge de forma suave e vai crescendo até o culminar da cena onde pode simplesmente cair abruptamente. O sonoplasta acaba por ter também uma responsabilidade criativa em conjunto com o realizador.
Hoje em dia nem todos os efeitos precisam de ser criados em estúdio pelo sonoplasta. Existem bancos de dados com ficheiros digitais de milhares de efeitos sonoros, catalogados em todas as categorias desde som ambiente a sons comuns de escritórios, armas, cozinhas, animais, veículos, explosões e impactos, natureza, desportos ou até de fantasias como feitiços e outras variantes. Existem estúdios que se dedicam a criar estes bancos de som que podem depois ser usados e até manipulados após o produtor comprar uma licença para esse efeito.