Conceito de finanças comportamentais
As finanças comportamentais pretendem ser uma resposta para os dilemas que se colocam às finanças «tradicionais», compreendendo a forma como tomamos decisões de consumo e investimento, podemos criar o nosso próprio processo sistemático que nos conduza à tomada de decisões corretas.
O que era considerado como os fundamentis das finanças — Efficient Market Hypothesis (Teoria dos Mercados Eficientes), Capital Asset Pricing Model (Modelo de Avaliação de Ativos Financeiros) e Modern Portfolio Theory (Teoria Moderna de Portefólios) — pressupõe que os investidores são racionais e que, por isso, tomam as decisões sempre no seu melhor interesse.
Premissas
A história financeira, no entanto, está recheada de exemplos que contradizem estas teorias. Basta recordar todas as bolhas e crashes que tiveram lugar nos últimos anos. Psicólogos e neurocientistas descobriram duas características que são particularmente relevantes na tomada de decisões.
A primeira, é que estamos programados para o curto prazo: o ser humano tende a considerar a possibilidade de ganhos no curto prazo extremamente atrativa. Estes ganhos estimulam os centros emocionais do cérebro e libertam dopamina. Isto torna-nos mais confiantes, estimulados e, de uma o que era considerado como as fundações das finanças — Efficient Market Hypothesis (Teoria dos Mercados Eficientes), Capital Asset Pricing Model (Modelo de Avaliação de Ativos Financeiros) e Modern Portfolio Theory (Teoria Moderna de Portefólios) — pressupõe que os investidores são racionais e que, por isso, tomam as decisões sempre no seu melhor interesse.
A segunda, é a nossa tendência para adotar comportamentos de rebanho: a dor da exclusão social (por exemplo, comprar quando todos estão a vender ou vice-versa) é sentida nas mesmas partes do cérebro que sentem a dor física real. Adotar estratégias de investimentos contrárias é, portanto, um pouco como sermos espancados. A evidência que tem sido coligida em inúmeros estudos mostra que todos nós, como seres humanos, somos afetados por desafios comportamentais que condicionam o nosso processo de tomada de decisões racionais.
Análise fundamental vs análise técnica
Na análise fundamental a premissa básica da análise fundamentalista é que o valor real de uma empresa pode ser relacionado com as suas características financeiras, como por exemplo, as suas perspectivas de crescimento, o seu perfil de risco e os seus fluxos de caixa. Dentro da utilização da análise fundamental, temos duas vertentes: a primeira decorre do desconto dos fluxos de caixa futuros da empresa, a uma taxa determinada de acordo com algumas teorias (por exemplo, CAPM); a segunda é a utilização de múltiplos indicadores, como índices de preço/lucro, preço, vendas/lucro operacional. O objetivo desta análise é identificar ativos (ou empresas) sub (sobre) avaliados e comprá-los (vende-los), como forma de alocação de investimento. Para isso é feita a comparação com outros semelhantes. De acordo com esta análise o valor de um ativo deriva da precificação de outros ativos comparáveis e padronizados pelo uso de variáveis comuns, como lucros, fluxos de caixa, valores contabilísticos ou receitas .
A Análise Técnica, ao contrário da Análise Fundamental, se refere somente à reação dos agentes de mercado sobre os preços das ações das empresas. Ela é o estudo da dinâmica do mercado através dos sinais que o próprio mercado emite, como os preços, o volume e o total dos contratos negociados. Este modo de análise tem como base que todos os fatores que influenciam o preço estão descontados pelo mercado no processo contínuo de negociação que determina esse preço. O único local em que todos os fatores, tanto os de oferta quanto os de procura, somado à psicologia das massas, com os seus medos e esperanças, estão reunidos, é no próprio mercado, e esse, portanto, é o que deve ser estudado