O Éon Proterozóico constitui o período mais distante da história da Terra. Dura desde a sua formação há cerca de 4 600 milhões de anos até ao aparecimento de formas de vida há 570 milhões de anos.
Há mais de dois milhões de anos, arcos, ilhas e microcontinentes estavam dispersos no globo terrestre separados por bacias oceânicas. Estas pequenas peças da crosta continental formaram-se durante o Éon Proterozóico. Há cerca de dois milhões de anos, devido aos movimentos de tectónica de placas juntaram estas peças soltas num grande continente denominado Pangeia I.
Milhares de anos depois, devido aos mesmo movimentos das placas litosféricas, a Pangeia I fraturou-se. Depois de a Pandeia I se ter fraturado, os diferentes segmentos da crosta continental migraram e acabaram por se reunir novamente constituindo a Pangeia II. Este acontecimento ocorreu há cerca de um milhar de milhões de anos. Porções do que é hoje o continente europeu estavam ligadas à América do Norte. O continente Pangeia II começou a separar-se entre 900 a 600 milhões de anos, próximo do fim do tempo Proterozóico.
As rochas proterozóicas apresentam fósseis de algas unicelulares, bactérias e fungos. Alguns fosséis de seres pluricelulares foram encontrados em terrenos da época proterozóica da Austrália, na Colúmbia britânica e em outras parte do globo terrestre. São impressões deixadas em rochas de xisto.
Em termos ambientais, durante este tempo, a atmosfera possuía muito pouco oxigénio. Os organismos evoluíram no sentido de realizarem a fotossíntese combinando a água e o dióxido de carbono formando a glicose e libertando oxigénio. A acumulação de oxigénio produzido pelos seres fotossintéticos deve ter sido responsável pela atmosfera oxidante que, a partir de então, se formou.
Os geólogos admitem que a Terra tem a idade de cerca de 4 600 milhões de anos. Este período foi dividido em subunidades de tempo. A unidade cronogeológica ou cronostratigráfica mais ampla e mais ambrangente é o Éon. Admite-se, segundo a escala dos tempos geológicos, a existência de dois Éon. Um Éon engloba os tempos em que não existe a certeza de ocorrência de vida. Este Éon é designado de Proterozóico. O outro Éon abrange todo o tempo de vida da Terra em que a existência de vida é reconhecida e denomina-se Éon Fanerozóico. A unidade de tempo menos ampla é a idade.
O Éon Proterozóico, que se incia com a formação do planeta Terra há cerca de 4 600 milhões de anos e termina com o aparecimento da vida na Terra há cerca de 570 milhões de anos, divide-se em duas Eras. A Era Arcaico e a Era Algônquico. A Era Arcaico dura desde o nascimento do planeta há 4 600 milhões de anos até os 2 500 milhões de anos e a Era Algônquico percorre esta último marco temporal até os 570 milhões de anos. O Período Pré Câmbrico pertence a ambas as Eras. A Era Arcaico representa em si o período mais antigo da história da Terra e portanto o tempo mais jovem do planeta. Estas datas são estimadas em métodos aplicados a rochas.
Apesar dos recentes progressos tecnológicos que permitem uma investigação mais precisa e cuidada e dos progressos geocronológicos, o calendário geológico dos acontecimentos deve ser considerado como uma aproximação dos valores verdadeiramente reais. As divisões, de duração bastante variável, são tanto mais inseguras quanto mais antigas. A título de exemplo, para as grandes divisões estabelecidas, umas têm uma duração que atinge os 2 000 milhões de anos, enquanto outras apenas têm 600 milhões de anos.
Estas grandes divisões da história do planeta Terra foram estabelecidas muito antes do conhecimento que hoje se tem sobre a datação absoluta. Embora se reconheçam disparidades nos limites de tempo, essas divisões estão consagradas e continuam a ser utilizadas, não se considerando, pela comunidade científica e me termos práticos, que houvesse reais vantagens em organizar uma nova escala estratigráfica.
No que se refere à correlação das designações referentes ao tempo e às unidades estratigráficas, utilizam-se as seguintes equivalências: as unidades cronológicas, nomeadamente, a Era, o Período, a Época e a Idade, correspondem, respetivamente, as unidades cronostratigráficas, Grupo ou Eratema, Sistema, Série e Subandar ou Andar.