Apresentação da Estrela-do-mar
As estrelas-do-mar são animais pertencentes ao filo dos Equinodermes (filo ao qual pertencem também animais como o ouriço-do-mar e o pepino-do-mar) e, dentro deste, à classe Asteroidea. São animais invertebrados que vivem exclusivamente em ambiente marinho e apresentam simetria radial. Encontram-se por todo o Mundo, principalmente em zonas costeiras e ocupando diversos substratos. Podem surgir em vários tamanhos e com diversas colorações.
O seu nome terá provavelmente surgido devido à sua forma (que faz lembrar uma estrela) – um disco central do qual irradiam os braços. A maior parte das espécies apresenta 5 braços, sendo que algumas espécies possuem um número superior (geralmente um múltiplo de 5), até um máximo de 50 braços (como acontece na Estrela-do-mar-sol – Pycnopodia helianthoides)
Locomoção e alimentação
Na face inferior dos braços encontram-se, dispostos em fileiras, os pés ambulacrários, pequenas estruturas tubulares, geralmente com uma ventosa na extremidade. As estrelas-do-mar deslocam-se movimentando os pés ambulacrários. Utilizam as ventosas para se fixarem ao substrato (por exemplo rochas) e para capturarem alimento – agarrando, com as ventosas, por exemplo um bivalve (como o mexilhão), as estrelas-do-mar conseguem aplicar força suficiente para abrir a concha. A estrela-do-mar lança o seu estômago para o exterior (eversão ou desenvaginação do estômago) e liberta enzimas digestivas sobre a presa.
Reprodução
Nas estrelas-do-mar pode ocorrer reprodução sexuada ou assexuada.
No caso da reprodução sexuada, os gâmetas são libertados para a água e a fecundação é externa (acontece fora do organismo). O ovo formado geralmente dá origem a uma forma larvar que sofre depois uma metamorfose que origina um organismo semelhante a uma estrela-do-mar adulta.
No que diz respeito à reprodução assexuada, o processo que pode ocorrer nas estrelas-do-mar é a fissão ou fragmentação. Se um braço da estrela (juntamente com parte do disco central) se separar do resto do corpo, ele tem uma capacidade de regeneração que possibilita a formação de uma nova estrela-do-mar e, por sua vez, a “estrela mãe” consegue regenerar o braço perdido. Esta fragmentação pode acontecer voluntaria ou acidentalmente.
Atualmente, algumas espécies de estrelas-do-mar encontram-se ameaçadas de extinção devido à apanha excessiva destes animais, que são comercializados para utilização decorativa.
Referências bibliográficas
– CORGOSINHO, P.; BORGES, M.; NEVES, F. (2010). Zoologia de Invertebrados. Montes Claros:Editora Unimontes
– JESUS, D. As Estrelas-do-mar. Available: http://naturlink.sapo.pt/NaturSAPO/Biodiversidade/Artigos/content/As-Estrelas-do-mar?bl=1&viewall=true.
– HICKMAN, C. P.; LARSON, A; ROBERTS, L. S. (2004). Princípios Integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
– LEANDRO, P.; GIL, F.; INÁCIO, A. (2009). Guia – Aquário Vasco da Gama. Oeiras: Aquário Vasco da Gama.