Diz-se que uma opção está out-of-the-money se proporciona ao seu titular um fluxo de caixa negativo se exercício da opção. Numa opção de compra, o preço de exercício é superior ao preço de mercado, e numa opção de venda o preço de exercício é inferior ao preço de mercado. Uma opção out-of-the-money (OTM) pode ser uma opção de compra cujo preço de exercício (também designado por strike) se encontra acima do valor da cotação do ativo subjacente, ou uma opção de venda cujo preço de exercício encontra-se abaixo do valor da cotação do ativo subjacente.
Em suma, uma opção OTM é uma opção com liquidez que não apresenta valor intrínseco. Muito provavelmente, o titular de uma opção OTM não irá exercer o seu direito de compra ou de venda do ativo-objeto, pois tal condição de negociação é muito pior do que a compra ou venda deste ativo no mercado. Por esta razão, o valor do prémio pago para aquisição de uma opção OTM é muito mais baixo do que o prémio de uma opção in-the-money ou at-the-money. O prémio de uma opção OTM é composto apenas pelo valor tempo.
O valor de uma opção é constituído pelo seu valor intrínseco e pelo valor tempo.
O valor intrínseco de uma opção refere-se está à vantagem imediata que este contrato proporciona ao investidor titular da opção. Assim, uma opção de compra só possui algum valor intrínseco quando o seu preço de exercício (também designado por strike) for inferior que a cotação do ativo subjacente no mercado (preço spot ou à vista), valendo a pena para o titular exercer o seu direito de compra do ativo subjacente. O valor intrínseco de um contrato de opção de compra pode ser calculado pela subtração do preço spot do ativo subjacente ao preço de exercício da opção.
Já o valor tempo refere-se ao potencial de valorização das opções e expectativas dos investidores.
References:
Ferreira, Domingos (2008). Swaps e Derivados de Crédito. 1ª Ed. Lisboa: Edições Sílabo.