Trauma – cirurgia de controlo de dano

Tese/Dissertação: Trauma – cirurgia de controlo de dano; Autor: Mariana Trindade Figueiredo Torres; Mestrado Integrado em Medicina – Cirurgia Geral…

Trauma – cirurgia de controlo de dano

Autor: Mariana Trindade Figueiredo Torres
Orientador: António Taveira Gomes

Mestrado Integrado em Medicina – Cirurgia Geral

Faculdade de Medicina
Universidade do Porto

(Localização: Repositório Aberto da Universidade do Porto) 

Resumo

A lesão traumática é a principal causa de morte de pessoas com idade compreendida entre os 5 e 44 anos. O objectivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica sobre: 1- os mecanismos fisiopatológicos da resposta inflamatória sistémica associada ao trauma; 2- o conceito de cirurgia de controlo de dano; 3- alguns princípios técnicos deste tipo de cirurgia e suas complicações. Nos doentes com traumatismo abdominal frequentemente está presente a tríade letal (ciclo vicioso de coagulopatia, acidose metabólica e hipotermia) que determina um prognóstico muito reservado. Prefere-se então optar por uma cirurgia de controlo de dano, abreviando a laparotomia inicial (para controlo da hemorragia e da contaminação intestinal para a cavidade abdominal) e normalizando os parâmetros fisiológicos para, posteriormente, concluir a correcção cirúrgica das lesões. Na lesão hepática o procedimento mais importante é o packing que consiste na compressão do parênquima hepático com compressas para tentar reconstruir a sua anatomia e interromper a hemorragia. Na laparotomia inicial também se ressecam os segmentos cólicos lesados deixando para a re-laparotomia a anastomose ou derivação cólica. Verificou-se que não há benefício significativo em optar pela derivação no primeiro acto cirúrgico. O pâncreas frequentemente é drenado e/ou realiza-se packing, podendo-se também laquear o ducto pancreático. A pancreatectomia, por ser time-consuming, deve ser evitada na laparotomia inicial. Devido ao risco de Síndrome de compartimento abdominal frequentemente não é encerrada a cavidade abdominal. As complicações deste tipo de cirurgia são abcessos intrabdominais, infecção, hérnia incisional e fistulização.

Palavras chave: Traumatismo abdominal; Síndrome de Resposta Inflamatória Sistémica; Cirurgia de Controlo de Dano; Síndrome de Compartimento Abdominal.

Índice

Lista de abreviaturas
Introdução
Fisiopatologia da Síndrome de Resposta Inflamatória Sistémica
Indicações da cirurgia de controlo de dano
Abordagem da tríade letal
Tipos de lesão
Lesão hepática
Lesão cólica
Lesão pancreática
Segundo tempo cirúrgico e abordagem da parede abdominal
Nutrição entérica: quando?
Complicações
Síndrome de Compartimento Abdominal
Infecção
Hérnia incisional
Conclusão
Bibliografia
Anexos
Anexo I
Anexo II
Anexo III

 

 

Trabalho completo

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