Caracterização do séc. IV a.C.
Europa
O séc. IV a.C., juntamente com o séc. V a.C., corresponde ao período de apogeu da cultura grega e das suas realizações (o chamado período clássico). É neste século que se desenvolve o período mais importante do pensamento grego (incluindo filósofos com Sócrates, Platão e Aristóteles), em que o interesse pela natureza é integrado com o interesse pelo espírito e são construídos os maiores sistemas filosóficos. Ainda ao nível cultural, é no séc. IV a.C. que a Comédia atinge o seu ápice com Aristófanes e a Oratória ganha destaque com Ésquines e Demóstenes. São também criadas importantes monumentos, entre os quais o Templo de Apolo Este período áureo grego termina abruptamente no ano 338 a.C. com a conquista da Grécia pelos exércitos da Macedónia comandados por Filipe II da Macedónia e depois pelo seu filho, Alexandre O Grande. Nesta altura Atenas perde o seu predomínio cultural para centros como Alexandria e Pérgamo. É o início do chamado período helenístico que consiste numa fusão da cultura humanitária grega com a cultura religiosa do oriente, cultura essa que viria a ser difundida por todo o império de Alexandre O Grande.
Na Palestina este é um período extremamente fértil do ponto de vista religioso, tendo vários livros da Bíblia sido escritos neste século.
Ao nível político, o principal acontecimento foi a expansão do império Macedónico, abrangendo vastos territórios, tais como a Grécia, os Balcãs, o Egipto, a Líbia, a Palestina e outras regiões do Próximo Oriente, a Mesopotâmia, a Pérsia e a Índia.
Extremo Oriente
Na China este é o século da expansão do Confucionismo criado no século anterior por Kung-Fu-Tzu (Confúcio). Do ponto de vista político, a China era caracterizada neste período por um tipo de sistema feudal divido em diversos estados semi-independentes. Na Índia são efectuadas algumas tentativas de unificação movidas pela dinastia Maurya e nasce o Budismo na região nordeste do país.